Atitudes que expressam medo

Atitudes que expressam medo

Vale a pena prestar atenção às atitudes que expressam medo quando levadas ao extremo.

Atitudes que expressam medo

Última atualização: 23 de julho de 2020

O medo é uma emoção com mil faces. Nem sempre aparece como é devido a uma espécie de "medo do medo". Dói-nos admitir que temos medo porque pensamos que isso acabaria aumentando esse sentimento. Aqui porque adotamos atitudes que expressam medo, embora a tentativa seja justamente o contrário.



Algumas atitudes parecem não refletir o medo, mas na verdade são filhas dele. Comportar-se dessa maneira equivale a usar uma máscara digna, mas pode nos impedir de viver plena e autenticamente.

O medo, como outras emoções, é superado ao começar a notar sua existência. Há quem, porém, não queira dar esse passo: reconhecer o medo equivaleria a admitir sua fraqueza. Não gostamos de nos ver assim ou de nos mostrarmos vulneráveis ​​aos olhos dos outros. É por isso que às vezes reagimos com distrações que, no final, refletem um grande medo.

Posar duro e invulnerável não ajuda. Pelo contrário, leva o medo a assumir formas mais sofisticadas e subterrâneas. Isso nos impede de identificá-los pelo que são e trabalhar com eles. Vale, portanto, atentar para as atitudes que expressam medo porque são levadas ao extremo. Vamos ver sete.

"De todos os mentirosos do mundo, às vezes o pior são nossos medos."

-Rudyard Kipling-

Atitudes que expressam medo

1. Ansiedade para planejar

O planejamento é, obviamente, uma estratégia saudável que nos ajuda a organizar ideias, economizar energia e prevenir problemas. Em princípio, é a maneira correta de colocar alguns limites na incerteza e agir com maior certeza.



Mas quando levado ao extremo, torna-se uma das atitudes que expressam o medo. Querer planejar tudo não é mais o desejo de organizar melhor, mas a ansiedade do controle. Uma das máscaras do medo.

2. Maneiras perfeitas

Boas maneiras são o cartão de visita da educação e facilitam muito as relações sociais. A cortesia nunca está fora de lugar e seguir o protocolo é uma boa maneira de "quebrar o gelo". A comunicação torna-se mais fluida e os relacionamentos mais amigáveis.

No entanto, quando as boas maneiras se tornam excessivas, a ponto de serem armadas ou robóticas, parte de seu efeito se perde. É possível que o medo dos outros seja tão forte que nos leve a nos proteger e mostrar o quão inofensivos somos. 

3. Extrema cautela

É semelhante ao planejamento excessivo; neste caso, porém, não se refere apenas a ações futuras, mas também a ações presentes. Essa atitude nos leva a sempre duvidar antes de agir. 

A dúvida, por sua vez, nos obriga a avaliar uma série de consequências negativas. O resultado é que nos tornamos tão cautelosos que mal nos movemos. É uma das faces do medo que causa passividade e inatividade exasperadas.

4. Medo da novidade

Todo mundo tem um pouco de medo do desconhecido. Ignoramos se o que não conhecemos esconde riscos; também não sabemos se nossos recursos pessoais serão suficientes para evitar ou gerenciar possíveis ameaças.

Devemos usar uma pequena ou grande dose de coragem para enfrentar as notícias. Assim, quando nos deixamos invadir pelo medo, acabamos nos acomodando no conforto das coisas conhecidas. Um dos principais riscos dessa atitude é perder muitas oportunidades.


5. Ritualização da vida

Semelhante aos pontos anteriores, uma rotina rígida não é para tornar a vida mais organizada, mas para manter tudo sob controle. Se alguém questiona nosso comportamento, justificamo-nos dizendo que somos disciplinados e que não gostamos de ser pegos de surpresa.



A verdade é que esta é outra das atitudes que expressam medo. Hábitos rígidos limitam o inesperado, mas isso não significa que eles os eliminem. Em vez disso, ajudam a esquematizar nossa vida e a impedir que ela seja alterada.

6. Recusa dos diferentes

Quando você tem hábitos de vida muito rígidos, acaba adquirindo padrões de pensamento rígidos. Isso às vezes nos torna intolerantes com outros estilos de vida ou valores que não nos são familiares.

Nessas condições, é fácil se deixar guiar por preconceitos. Temos medo de situações ou pessoas além de nós. Nós os percebemos como uma ameaça à nossa aparente estabilidade. Afinal, nada mais é do que o medo de ter que revisar boa parte dos nossos esquemas. 

7. Desacreditar os outros

O medo também se esconde por meio de atitudes como inveja ou críticas excessivas aos outros. Podemos chegar a sentir, sem razão, que as pessoas questionam quem somos. Sua diversidade torna-se um campo de testes para nós.


Por outro lado, não é incomum que o que criticamos nos outros seja uma projeção de nossas limitações e medos. Comparamo-nos, de forma mais ou menos inconsciente, com as pessoas à nossa volta e tentamos defender-nos do seu julgamento. Acabamos por notar apenas o pior nos outros como forma de justificação.

Atitudes que escondem o medo acabam se tornando uma forma de mascará-lo. Talvez se fôssemos mais honestos conosco mesmos, pudéssemos traçar um caminho que nos ajudasse a trabalhar esses medos e, por que não, superá-los.

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