Última atualização: 17 de abril de 2015
A comunicação é um dos elementos mais importantes em um casal; se vai bem ou mal, completá-lo satisfaz ambos os membros de um relacionamento. A boa comunicação, portanto, é garantia de um relacionamento satisfatório com um futuro, enquanto a má comunicação na prática garante o fracasso de um casal não muito distante.
Neste sentido é muito importante tanto o conteúdo da comunicação como a forma de transmiti-la e o contexto em que ela ocorre. Não é o mesmo que dizer "estúpido" com uma cara de raiva e gritar com uma expressão sedutora e sussurrante. Por outro lado, não é o mesmo que dizer "você é uma bagunça!" o que dizer "Querida, da próxima vez tome mais cuidado ao entrar em casa depois de pisar no chão!".
É importante:
1.- Não fique com dúvidas. Pergunte várias vezes quando você não entender o que seu parceiro está dizendo.
2.- Não interprete. Nossa linguagem não precisa de interpretação. É para falantes não nativos. As interpretações são subjetivas e tingidas com o significado que lhes é dado e, provavelmente, quando você as faz, você se baseia nas ideias e emoções que elas trazem para você.
3.- Não maximize. Lembre-se que as pessoas são únicas e têm livre arbítrio.
4.- Não projete. Não projete seus sonhos e esperanças no outro, eles são seus.
5.- Dar um tempo. Se você está com raiva, pare por um momento. Pergunte a si mesmo: "Que evidência existe do que eu penso?"
6.- Não use o leitor de mentes. Ninguém pode ler a mente de outra. Conhecer uma pessoa por muito tempo não lhe dá o poder de conhecer seus pensamentos e emoções. Não se esqueça de afastar a tentação de interpretar tudo de acordo com o significado que desperta em você.
7.- Lembre-se do objetivo da comunicação. Trata-se de formar um canal através do qual as pessoas possam transmitir suas emoções, sentimentos e pensamentos. Para isso, é necessária uma escuta ativa: estar genuinamente interessado, perguntar na hora certa. Não julgue.
8.- Seja empático. Coloque-se no lugar da outra pessoa e depois volte para o seu lugar e tome uma atitude. Não é pensar no lugar do outro. Como você gostaria de ser tratado? Isso é empatia. Aja como gostaríamos que os outros fizessem.
9.- Reconhecer. As ideias obsessivas são o caminho que culmina em um transtorno psiquiátrico, que deriva de ideias paranoicas e, em alguns casos, de psicoses. Suspeitar, sem provas, que tudo o que é dito é contra nós, que as pessoas querem nos fazer sofrer. É um sinal claro da necessidade de ajuda profissional e não de ter que se apegar ao seu ego e lutar para ter razão.
10.- Evitando o catastrofismo. Sempre esperar o pior é uma das principais formas de fechar mal o canal de comunicação.
Finalmente, talvez o último e provavelmente o mais importante ingrediente permaneça: a intenção. Quando você conversar com seu parceiro, faça-o com a intenção de construir, com o desejo de se sentir melhor quando a conversa terminar; você provavelmente receberá apenas isso no final, como se houvesse um espelho.
Imagem cortesia de gpointstudio