Última atualização: 21 de maio de 2016
Um homem idoso lê um diário para uma mulher igualmente idosa, um diário que fala sobre o amor de um casal que se conheceu na década de 40: eles são Allie e Noah. Eles estão apaixonados, mas seus pais se opõem a que sua filha saia com um rapaz com poucos recursos financeiros.
A vida os separa, mas nenhum esquece o outro, até que se reencontrem. Agora, aqueles dois jovens são idosos e o homem lê sua história todos os dias para a mulher, que perdeu a memória, para lembrá-la de um amor inesquecível. Esta é a história de "As Páginas de Nossas Vidas", um dos filmes mais românticos e comoventes dos últimos anos. Assistindo a um filme como esse, nos perguntamos se é possível viver uma relação tão intensa, sincera e duradoura em um mundo onde as relações se constroem muito rapidamente, e depois desaparecem em poucos dias ou meses.
Tudo parece tão superficial e vazio... Quanto tempo leva para realmente conhecer uma pessoa? Por que temos tanto medo de expor nossas almas? Os relacionamentos podem ou não ser eternos, mas nem mesmo nos damos tempo e oportunidade para descobrir.
“Mas se não nos encontrarmos novamente e este for um verdadeiro adeus, sei que nos encontraremos novamente em outra vida. Nós nos encontraremos novamente e talvez a vontade das estrelas tenha mudado e seremos capazes de nos amar o suficiente para compensar todas as separações anteriores.”
(As páginas da nossa vida)
Amor eterno: estudos científicos
A Universidade de Harvard publicou um estudo que apoia o que até alguns casais podem dizer: o amor eterno existe e o segredo é só um, que é desfrutar de uma verdadeira empatia com o outro. Segundo a terapeuta Charlotte Pasquier, “para um relacionamento dar certo, você precisa de duas pessoas caminhando na mesma direção, mas elas não precisam pensar da mesma forma ou querer as mesmas coisas. Basta que estejam cientes dos desejos do outro”.
Como dissemos, segundo este estudo, o segredo do amor duradouro é a empatia com o outro, ou seja, o fato de haver uma identificação mental e emocional com o estado de espírito do outro. Amor eterno significa compreender sem julgar.
"Se você cair eu me levanto, ou me deito ao seu lado"
(Júlio Cortázar)
Uma equipe de neuroquímicos da Stony Brook University, em Nova York, encontrou evidências de que o amor eterno é possível. Especialistas examinaram as reações cerebrais de um grupo de voluntários que acabaram de terminar um caso de amor.
Surgiu que, quando vemos a foto da pessoa por quem estamos apaixonados, a área tegmental ventral do mesencéfalo reage. Essa área do cérebro é responsável pelo processamento da dopamina, neurotransmissor responsável por motivar os desejos.
Se os mesmos sujeitos fossem apresentados com a foto de outra pessoa, mesmo que se parecesse com a amada ou retratando um velho amigo com quem nunca houve nenhum relacionamento amoroso, nenhuma mudança apareceu no cérebro. Depois disso, por cerca de 20 anos, foram analisadas pessoas casadas (10 mulheres e 7 homens), que afirmaram ainda ter sentimentos de amor pelo parceiro.
Suas reações cerebrais foram medidas da mesma forma e anotadas em uma escala de 1 a 7 pontos, a fim de estabelecer a intensidade do amor sentido pelos voluntários. Bem, a intensidade mínima registrada desse grupo de voluntários foi de 5 pontos.
As reações desse grupo foram registradas na mesma área do cérebro que o grupo de “novos amantes”, ou seja, a área tegmental ventral e o corpo estriado. No entanto, também houve diferenças: nos voluntários do primeiro grupo, as áreas cerebrais ativadas, além das já mencionadas, foram também as correspondentes a obsessões e tensão nervosa; no segundo grupo, por outro lado, foram acionadas as áreas relativas à amizade e à maternidade.
O que faz o amor durar?
É claro que não existe uma fórmula mágica para que o amor dure, mas se quisermos que nosso namoro seja longo, teremos que fazer um esforço considerável todos os dias. Seguindo, damos-lhe algumas sugestões para estabelecer uma relação sólida e duradoura.
Afinidade
Os casais mais duradouros são aqueles que compartilham valores, princípios e paixões diferentes. Você não precisa ser igual ao seu parceiro, mas certamente deve haver elementos comuns para compartilhar e se divertir. É aconselhável que, na vida de um casal, haja uma parte dedicada à intimidade e outra à comunidade com nosso parceiro.
"Porque sem te procurar eu te encontro em todos os lugares, principalmente quando fecho os olhos"
(Júlio Cortázar)
Um senso de humor
É muito importante ver as situações com uma pitada de humor e minimizar. Com senso de humor, os conflitos de casal podem ser tratados de forma mais descontraída, desde que se respeitem.
Admiração mútua
A admiração, a capacidade de aprender um com o outro e o fato de esses dois elementos serem recíprocos estão entre os elementos que mais unem os dois parceiros. É muito bom expressar esse apreço de várias maneiras para mostrar ao nosso parceiro que o admiramos e vice-versa.
As manifestações de afeto
Não assuma que seu parceiro sabe que você o ama: mostre a ele todos os dias, mesmo através de pequenos detalhes, como, por exemplo, fazer café para ele, dar-lhe flores, escrever-lhe cartões carinhosos. Em outras palavras, você precisa cuidar do seu relacionamento e do amor que sente pelo seu parceiro.