Última atualização: 14 setembro, 2022
Como em todas as coisas da vida, não há categorias definitivas ou definições absolutas. O mesmo acontece com o orgulho, que pode ser bem ou mal usado. Na psicologia, foram definidos dois tipos de orgulho: positivo e negativo.. O orgulho positivo é chamado de "auto-estima", enquanto o orgulho negativo é chamado de "arrogância".
A primeira é para nos sentirmos seguros e ter uma vida equilibrada, para nos apreciarmos no ponto certo, para encontrarmos o nosso lugar no mundo e nos orgulharmos dele; tudo isso é absolutamente saudável. O segundo orgulho, aquele que nos distancia e nos coloca acima do mundo, é o maior produtor de conflitos e capaz de saturar nossa vida com eles.
O lado negativo do orgulho é definido como o excesso de autoestima e valorização dos próprios méritos, por isso o sujeito se considera superior aos demais. Esse tipo de orgulho nos impede de reconhecer nossos erros, de compensá-los e evidencia a ausência de humildade.
A humildade, qualidade oposta ao orgulho, permite-nos adotar uma atitude aberta, flexível e receptiva para aprender tudo o que ainda não sabemos. As pessoas orgulhosas transmitem tédio mental devido ao seu ego desproporcional, reclamando de indivíduos, situações, clima, país, etc. Isso inevitavelmente os fará pular de um conflito para outro.
"Se o orgulho não for moderado, será o nosso maior castigo"
(Dante Alighieri)
Quando o orgulho se torna orgulho
O termo "orgulho" deriva da palavra latina de mesmo nome e descreve um sentimento que nos leva a nos avaliar acima dos outros, ocorre uma superestimação do ego em relação aos outros. Esse sentimento de superioridade nos leva a nos gabar de nossas qualidades e ideias e desprezar as dos outros. Podemos dizer que o orgulho pode degenerar em orgulho. O orgulho é uma atitude orgulhosa que encontra sua definição na audácia das pessoas que se gabam.
O orgulho, que nos leva a nos sentirmos superiores cada vez que nos comparamos a alguém, denota um complexo de inferioridade. É daí que vem a arrogância com que queremos provar que temos sempre razão. Também nos valemos da vaidade, ostentando nossos méritos, nossas virtudes e nossos sucessos.
Essas pessoas podem ser ideologicamente muito intolerantes, agarrando-se a uma única posição e impedindo qualquer entrada externa. Sua capacidade de admitir é muito baixa e eles mostram uma forte resistência a pedir perdão e mudar: eles não pensam em mudança, porque acreditam que já estão fazendo tudo perfeitamente.
Eles exibem endurecimento e distância emocional e é improvável que esqueçam uma ofensa. Essas características limitam suas relações interpessoais.
"O orgulho nunca desce voluntariamente de seu alto pedestal, mas cedo ou tarde cairá dele."
(Francisco Quevedo)
Honestidade para derrotar nosso orgulho
A honestidade pode ser muito dolorosa no início, mas rapidamente se torna uma fonte de libertação. Permite-nos encarar a verdade sobre quem somos e como nos relacionamos com nosso mundo interior. É assim que iniciamos a jornada que nos leva ao nosso bem-estar emocional; cultivar esta virtude tem muitos efeitos terapêuticos.
Primeiro, o medo de conhecer a si mesmo e enfrentar nosso lado sombrio diminui. Além disso, nos impede de continuar usando uma máscara para agradar os outros e ser aceitos pelo nosso ambiente social e de trabalho. Essa qualidade também nos impede de esconder nossos conflitos emocionais debaixo do tapete.
A honestidade nos capacita a questionar a nós mesmos, identificando as falsidades e mentiras que nos ameaçam, como tentações, de dentro. À medida que a honestidade for integrada à nossa essência, nosso orgulho desaparecerá, pois não teremos mais que desempenhar papéis para dar uma imagem de nós que não corresponde à realidade.
"Honestidade é o primeiro capítulo do livro da sabedoria."
(Thomas Jefferson)