A dor confusa muitas vezes não permite que você aceite a realidade e seguir em frente se torna impossível. Embora o ideal seja receber uma explicação do exterminador, nem sempre é esse o caso.
Última atualização: 03 de abril de 2022
Muitos rompimentos acontecem sem uma explicação do parceiro. É possível que o disjuntor não queira machucar a outra pessoa ou simplesmente tenha medo de sua reação. Isso deixa espaço para dúvidas sobre por que fazemos ele constantemente pergunta “por que ele me deixou?”, muitas vezes causando a chamada dor confusa.
As relações entre casais geralmente não são simétricas. É comum ter sentimentos diferentes e seguir caminhos diferentes ao longo do tempo, por isso pode acontecer que um dos dois queira terminar o relacionamento, mas o outro não. Situação semelhante é dolorosa em ambos, mas é mais intensa naqueles que veem seus desejos despedaçados.
Para tal dor muitas vezes acrescenta-se mais uma dificuldade: quem parte não sabe ou não quer dizer por que o faz. Isso pode tornar mais complicado para a pessoa deixada lidar com a situação, porque a tristeza da perda é agravada por uma pergunta sem resposta: "Por que ele me deixou?". Isso causa uma dor confusa.
"Só as pessoas capazes de amar intensamente podem sentir uma grande dor, mas essa mesma necessidade de amar serve para neutralizar suas dores e curá-las."
-Leo Tolstoy-
Raramente percebemos que o fim está chegando
Muitas vezes a pessoa da esquerda é pega de surpresa. Ele não percebe que o relacionamento está prestes a terminar porque a comunicação com o parceiro se deteriorou e os sinais relativos não são percebidos.
Às vezes, porém, o parceiro nesconde deliberadamente suas intenções até sentir que chegou a hora. Isso acontece com muita frequência no caso de infidelidade.
Da mesma forma, há casos em que a pessoa que não toma a decisão é dependente ou controladora demais o parceiro que está mais inclinado a fugir do que ao confronto. O medo das reações que sua decisão pode provocar o leva a esconder suas intenções até que elas se tornem um fato.
Os casos mostrados estão unidos pelo fato de os membros do casal quererem coisas diferentes e aqueles que não querem terminar o relacionamento não tiveram tempo de se preparar. Por causa disso, ele sentirá uma dor confusa, ou seja, ele será assaltado por inúmeras dúvidas pelas quais não poderá aceitar a realidade dos fatos.
A dor confusa
A dor confusa é acompanhada pela descrença. Desde o início é caracterizada por um "não posso acreditar". É uma atitude de negação dos fatos, que ao mesmo tempo protege inequivocamente contra o sofrimento.
Gradualmente, as perguntas tornam-se a característica principal. Muitas vezes o "por que ele me deixou?" torna-se obsessivo. Muitos se tornam espiões de seus ex na tentativa de obter uma resposta.
Muitas vezes, portanto, nos tornamos insistentes e continuamos a procurar o ex para responder a essa pergunta que não permite que você continue com sua vida.
Por que ele me deixou?
Na maioria das vezes, essa pergunta é completamente desnecessária. Se o ex não deu uma explicação no devido tempo, provavelmente nunca dará. Talvez ele se envergonhe de seu egoísmo e de suas traições; talvez ele se sinta vulnerável e não queira levar nenhuma culpa.
Também é possível que não haja um motivo específico ou, se existir, é improvável que seja aceito, por exemplo: "Estou cansado". Então, questionar seu ex algumas vezes ajuda a resolver um luto confuso. Por que nos abandonaram? Os motivos mais frequentes são estes:
- Outra pessoa. A razão mais comum para terminar um relacionamento é se apaixonar por outra pessoa. Muito provavelmente é negado, mas é assim.
- Noia. A relação torna-se habitual e um dos dois já não a tolera. O sócio raramente admite que sua empresa não gera mais motivação.
- Exaustão emocional. Discutir demais ou ter que construir continuamente pontes para encurtar diferenças muito grandes pode ser exaustivo. Pode haver amor, mas o cansaço é mais forte.
- Crises fortes. A morte de um ente querido, o fracasso ou qualquer crise existencial às vezes desperta o desejo de virar a página e começar do zero.
- Mudanças existenciais. Devido a uma mudança pessoal, uma nova religião ou um novo interesse, o relacionamento pode não fazer mais sentido no novo contexto.
- Desilusão. Acontece quando os projetos iniciais não se concretizam, quando a fé em um futuro juntos se desvanece porque muitas decepções se acumularam ao longo do caminho.
O sofrimento é sempre acompanhado por questões que permanecem sem solução. Em caso de dor confusa, talvez fosse mais apropriado olhar para dentro de nós mesmos, porque somente lá poderemos encontrar respostas mais úteis do que aquelas que podem nos dar aqueles que nos deixaram.