O sexo é parte fundamental do relacionamento, mas cabe a cada um determinar o nível de relevância do mesmo.
Última atualização: 18 de dezembro de 2022
Algumas pessoas pensam que o sexo é superestimado em um relacionamento, enquanto para outras é essencial. Qual a importância do sexo em um relacionamento?
É certamente uma parte importante da vida de um casal, embora não seja o mesmo para todos. Na realidade, muitos problemas conjugais se devem precisamente à diferente importância dada à esfera íntima.
Pode parecer óbvio, mas com o tempo as pessoas mudam e as prioridades com elas. Mesmo a visão da sexualidade pode mudar e isso não significa necessariamente que importa cada vez menos.
O erotismo é uma das bases do autoconhecimento, tão indispensável quanto a poesia.
-Anais Nin-
Sexo em um relacionamento é felicidade
Estudos mostram que casais em coabitação, independentemente da idade, que se sentem satisfeitos com o relacionamento também desfrutam de uma vida sexual saudável. Da mesma forma, casais que conversam e passam tempo juntos podem se gabar de uma vida sexual melhor.
A maioria dos sexólogos concorda que os casais que não fazem sexo costumam ser infelizes, frustrados, deprimidos, rejeitados, inseguros, têm dificuldade de concentração e baixa autoestima.
Referimo-nos a uma frequência de 10 relações sexuais ou menos durante o período de um ano. Curiosamente, vários estudos indicam que vários casais mal chegam a esses números.
Outra pesquisa revelou que os casais que fazem sexo com pouca frequência são mais propensos a considerar o divórcio.
Na esfera sexual, não há parâmetros "normais"
Ao se perguntar sobre a importância do sexo em um relacionamento, deve ficar claro que não há medida "normal". Cada par é diferente.
Alguns estudos revelam que casais felizes têm uma média de 3-4 encontros sexuais por mês. Mas isso depende de cada casal e de cada pessoa, como o desejo sexual é mantido ao longo dos anos e muitos outros fatores.
Além disso, a importância da relação sexual pode mudar e flutuar ao longo do tempo. A esfera sexual muitas vezes deixa de ser prioridade e as modalidades também mudam, assim como os demais aspectos relacionais do casal.
Aqui está o porquê o aspecto mais importante é analisar como o sexo é incluído na relação ao longo do tempo, quais fatores variam e o tipo de relacionamento que existe.
Se você esperar como a comunicação ou as atividades para compartilhar mudaram, sua vida sexual provavelmente também mudou.
Conhecer um ao outro e conhecer seu parceiro é uma tarefa sem fim, e é por isso que questões importantes na vida de um casal, como a sexualidade, não devem ser tomadas como garantidas. O princípio por trás do relacionamento deve ser continuar ouvindo e aprendendo um com o outro.
Culpa sobre sexo em um relacionamento
Não temos que nos sentir culpados por pedir o que queremos ou porque não compartilhamos os desejos do parceiro. A comunicação é essencial.
Muitas pessoas podem se recusar a fazer sexo simplesmente porque não as satisfazem mais ou porque lhes pedem algo de que não gostam. Falar sobre isso é a melhor maneira de resolver o problema.
Para uma vida sexual saudável é preciso entender um ao outro, falar sem se sentir culpado. Somente assim os relacionamentos íntimos podem ser agradáveis, como resultado, sua frequência aumentará e a comunicação também.
Outra abordagem ao sexo no relacionamento?
Natalia Tenorio (2012), professora de sociologia da Universidade Autônoma Metropolitana do México, fala sobre as mudanças sexuais nos casais. Distingue entre casal "tradicional" e casal "moderno".
O termo tradicional se refere a casais que só mantêm relações sexuais entre si; usa o termo moderno, em vez disso, para designar casais com liberdade sexual, ou seja, em que ambos têm relações extraconjugais. Deve-se deixar claro que os conceitos “tradicional” “e” moderno “são meras designações, não detonando quaisquer nuances pejorativas.
O estudioso afirma que a sexualidade mudou, especificamente ela foi além de algo puramente reprodutivo”,sexo por prazer é parte integrante do casal moderno; mas não está sozinho […] também faz parte da construção do eu, por isso também procuramos fora da relação de amor”.
Por outro lado, Natalia Tenório também defende que “as relações sexuais fora do noivado ou do casamento não representam um tema amplamente e abertamente discutido pelo casal. […] Não está presente nem na fala nem na prática, na maioria dos casais. "
Por fim, conclui afirmando que a relação extraconjugal consensual não é comum. Apesar das mudanças que podem afetar diferentes áreas do relacionamento, no final das contas queremos nos sentir amados e protegidos; sentir que temos aquele cantinho de privacidade e exclusividade dos quais só nós somos protagonistas.