Vinculados, mas não presos: o casal como vitamina emocional

Vinculados, mas não presos: o casal como vitamina emocional

Vinculados, mas não presos: o casal como vitamina emocional

Última atualização: 22 de maio de 2016

É comum que os casais vivam em simbiose, um ligado ao outro, diminuindo assim suas ansiedades, mas também suas próprias possibilidades de crescimento emocional. Um casal precisa de asas para voar, não para ficar preso em uma gaiola; só assim poderá desfrutar da sua própria exclusividade e do que ela transmite.  

É claro que a felicidade de cada um depende dos componentes individuais do casal, ainda que a relação que os dois empreendem reforce essa emoção. Para ser o mais feliz possível, porém, devemos atentar para muitos fatores que nos levam a estabelecer relações de codependência.



Para que os membros de um casal se transformem em uma vitamina essencial, eles devem dar um passo igualmente essencial: estabelecer metas compartilhadas, enquanto cada um mantém seu próprio espaço pessoal. Por isso, é fundamental que o tempo passe e que se estabeleça uma relação de conhecimento mútuo e positivo.

Encontrar um objetivo comum para ser um casal saudável

Identificar um objetivo comum é o primeiro passo para conservar o espaço pessoal em qualquer relacionamento. Aprimorar a capacidade de se conhecer e explorar novos horizontes, cada um dando sua pequena contribuição.

Procurar esses momentos, compartilhá-los e delimitá-los, ajudará os membros do casal a entender que há um tempo para crescer juntos. Mas tenha cuidado, porque é preciso evitar que um objetivo comum os absorva, tanto como casal quanto como pessoas com ansiedades.  

Casais que agem como vitaminas emocionais compartilham preocupações, então eles têm que se conscientizar de muitos detalhes, sutilezas que às vezes nos escapam, como, por exemplo:

  • Estar ciente de que discordar de seu parceiro não implica ter um relacionamento perverso.
  • É normal que haja discussões insolúveis e que você sinta a necessidade de se expressar plenamente. De fato, 69% dos conflitos conjugais não são resolvidos.
  • Mesmo que nem tudo possa ser resolvido, podemos conviver com a diversidade.
  • As pessoas dão importância diferente às mesmas situações. O que muitas vezes torna difícil se colocar no lugar dos outros.
  • Reconhecer o “idealismo emocional” de todos e poder falar sobre isso significa validar e construir uma conexão emocional que um casal precisa.
  • A melhor forma de resolver determinadas situações é respeitar o outro “Sei que discordamos, entendo que você tenha uma certa visão sobre essa questão, assim como eu tenho a minha. Por isso, eu te respeito”.
  • Os rituais que existem entre o casal são explorados e novos são criados.

Preservar o espaço pessoal significa se transformar em detectores de sonhos

Quantos mais compartilhamentos de informações emocionais um casal sobre suas preocupações, mais saudável será o relacionamento no que diz respeito às ambições e aos contactos emocionais. Essa premissa é fundamental para se transformar em detectores de sonhos.



Que significa, não corte as asas do seu parceiro e conhecer um ao outro não é suficiente; como um casal emocionalmente saudável, a realização dos sonhos e aspirações do outro deve ser incentivada. Ignorar esse aspecto é muito comum, e esse conceito se reflete em frases como: "Eu nunca te disse para não fazer isso", quando na realidade você nem mesmo contribuiu para que o desejo do outro se realizasse ou talvez, muito provavelmente, você transmitiram indiretamente a mensagem “se você fizer isso, sofrerá as consequências”.

Sim, talvez não digamos, mas não oferecendo nossa opinião explicitamente, é fácil desanimar o parceiro e alimentar pensamentos que minam as atitudes proativas que o levam a realizar seus sonhos.


É bom fertilizar um terreno emocional para compartilhar desejos e ansiedades; nos ajudará a recriar um espaço de desenvolvimento individual. Para isso, devemos:
  • Ouvir o outro, suas angústias e seus sonhos.
  • Faça-lhe perguntas que o levem a explorar a história que alimenta sua ambição.
  • Ofereça empatia transmitindo a mensagem "Eu entendo que isso é importante para você" (compartilhando ou não a aspiração dele).
  • Oferecer apoio emocional e aprovação para decisões e progresso. É muito importante que a outra pessoa esteja ciente do orgulho que ela gera.

Amar uns aos outros significa amar uns aos outros, independentemente dos defeitos e dos lados negativos de seu caráter. Todos nós temos pontos fortes e fracos, comportamentos ácidos, amargos, doces, salgados, alegres, curiosos, tristes, preguiçosos e desconcertantes.


Cada uma de nossas facetas nos constitui como seres dignos de amar e receber amor, e que, para se completarem como uma vitamina emocional, devem respeitar a expressão de cada sentimento e de cada modo de ser. Só assim podemos nos beijar com todas as partes do nosso coração.

Imagens cortesia de Puung e Claudia Tremblay

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