Última atualização: 21 de julho de 2015
É sempre bom saber quando termina uma etapa da vida. Se você insistir em segurá-lo por mais tempo do que o necessário, perderá a alegria e o sentido de tudo ao seu redor. Feche os capítulos anteriores e deixe de lado os momentos da vida que não existem mais.
Não podemos viver no presente lamentando o passado, nem continuando a nos perguntar por quê. O que aconteceu aconteceu, e você tem que deixar pra lá, libertar-se. Não podemos ser sempre crianças, nem adolescentes crescidos, nem empregados de empresas inexistentes, nem ficar presos a quem não quer ser nós.
As coisas acontecem e você tem que deixar ir.
Paulo Coelho
Um dia, invade-te aquele sentimento que te faz pensar em todo o tempo perdido, minutos que nunca mais vais recuperar… e é precisamente nesses momentos que percebemos que o nosso tempo é o mais precioso. Porque tempo é vida. A única coisa que não volta.
É normal lembrar do passado, o que é prejudicial é viver com feridas emocionais abertas. São essas feridas que nos impedem de caminhar, que não nos deixam aproveitar o presente e o que temos.
A vertigem emocional
Apegar-se à ideia de que qualquer momento passado foi melhor nos adoece e nos assegura sofrimento emocional no presente. Impede-nos de avançar, de nos libertar. Entramos em pânico e nossos olhos embaçam.
E assim a tontura aparece. Mas não qualquer tontura: as emocionais. Aquelas que nos impedem de olhar para trás e de fechar etapas, curar feridas e parar de colocar o dedo na ferida.
Limpe o passado
Tem gente que acha que olhar para trás é perda de tempo, que uma "limpeza interior" não é necessária e que o mais importante é viver o presente. Dessa forma, os resquícios de nosso passado emocional se acumulam cada vez mais, criando uma montanha de dor cada vez maior.
Para se ter uma ideia, é como se uma pessoa alérgica ao pó colocasse todo o pó de sua casa embaixo do travesseiro, pensando que assim deixaria de ser alérgico.
É bom nos livrarmos das correntes que nos mantêm presos e não que não fazem nada além de ampliar nossas feridas. No entanto, o que você é e tem hoje, você deve ao seu passado. Tanto o bom quanto o ruim.
E lembre-se que mesmo que você tente ignorar seu passado, você não pode escapar dele. Ao ignorá-lo, você está apenas permitindo que experiências negativas do passado dominem seu presente. Isso tira as experiências positivas e, além disso, dói. Muito mal.
Curando as feridas presentes do nosso passado emocional
Superar nossos medos e deixar o passado para trás é a única maneira de fechar a porta e garantir que o monstro não entre mais em nossas casas.
Vale a pena tentar curar as feridas do passado, livrar-se daquele pedregulho que pesa sobre nós e ter consciência do que nos fere.
Liberte-se das correntes e solte o passado, como se fosse um balão de ar quente; observe-o enquanto ele se dirige para o céu e você o perde de vista, sorrindo e sentindo uma grande paz interior.
Deixe ele ir!
Se isso não te faz feliz... DEIXE IR
Se não te ilumina ou te faz crescer... DEIXE IR
Se fica, mas não te faz melhor... DEIXE IR
Se isso faz você se sentir seguro e poupa o esforço de melhorar... DEIXE IR
Se isso te impede de reconhecer seus sucessos... DEIXE IR
Se não tem nada a ver com quem você é agora... DEIXE IR
Se isso não te empurrar para fazer melhor... DEIXE IR
Se ele diz, mas não... DEIXA ELE IR
Se não há espaço na vida dele para você... DEIXE-O IR
Se ele tentar mudar você... DEIXE ELE IR
Se ele impõe seu "eu"... DEIXE-O IR
Se houver mais desentendimentos do que acordos... DEIXE IR
Se isso não tornar sua vida melhor... DEIXE IR
SOLTE… a queda será muito menos dolorosa do que a dor de segurar o que FOI, MAS NÃO É MAIS.