Última atualização: 16 de julho de 2016
É normal sentir que estamos perdendo nosso valor diante de pessoas que amamos, mas que, apesar disso, nos negligenciam. Acabamos nos convencendo de que não nos amam por causa de algumas de nossas falhas ou, como costumamos dizer, "por causa do nosso jeito de ser" ou "porque não somos compatíveis".
Isso significa que acabamos nos desvalorizando porque queremos encontrar perguntas e respostas para tudo. Essa “perda de valor”, que decorre de hábitos ou rotinas diárias, é um sentimento muito comum nas relações de casal. A magia, a atmosfera, as demonstrações de afeto se perdem e, assim, o amor é destruído.
No entanto, que seja um sentimento comum não significa que não nos “afogue na miséria emocional”, que não nos afete e que não acabe com relacionamentos que prometiam o mundo e que ficaram sem nada. No entanto, como sabemos que tudo isso acontece, é muito importante estar ciente dos recursos que temos para evitar o sofrimento.
“De vez em quando, é absolutamente necessário cometer suicídio. Fugir de si mesmo, perder-se, sentir o corpo vazio, cansado, com dor. Mudar de pele, beber, bater no fundo do poço e depois não lembrar de nada. Estar longe de tudo, e então agarrar-se à vida. Encontrar novamente. E vista-se em tons pastel, caminhe com leveza e sorria para os vizinhos quando eles te cumprimentarem na escada”.
-Autor desconhecido-
A dolorosa perda de valor diante dos olhos daqueles que amamos
Sem dúvida, perder o valor diante de quem amamos se deve aos hábitos. Muitas vezes nos acostumamos com o que temos e não apreciamos realmente o que nosso parceiro, amigos ou familiares representam em nossa vida.
Por isso, negligenciamos e ignoramos o cuidado, o carinho e a conquista de todos os dias. Deixemos de lado os sorrisos, os bons dias, as carícias combinadas com as palavras, a capacidade de surpreender… Tudo.
Com o tempo, nós mesmos nos tornamos hábito, obrigação e indiferença e nos transformamos em estátuas de pedra frias, entorpecidas, imóveis e inertes.
Talvez sejamos afetuosos com outras pessoas, focamos em nosso trabalho, nossas paixões, esportes, outras amizades ou relacionamentos, etc. No entanto, muitas vezes nos esquecemos de nos comportar como deveríamos com ESSA PESSOA. É então que o amor morre, destruído pela indiferença e do mau hábito de não apreciar o que temos.
Hábitos são inevitáveis, mas não devem nos fazer perder nosso valor
Muitas vezes ouvimos que “não sabemos o que temos até perdê-lo”, mas não há nada mais distante da realidade. Claro que sabemos o que temos, só não achamos que chegará o dia em que perderemos tudo.
Achamos que essas pessoas sempre farão parte de nossa vida, que aguentamos o suficiente para merecer o tempo que nos resta com nosso parceiro, que são apenas tempos difíceis e maus hábitos e que, se algo der errado, tudo melhorará ao longo do anos. .
O problema, porém, é que o dia em que testemunhamos esse milagre parece nunca chegar, tudo parece nos sufocar em uma tempestade de tristeza, cinza e desinteresse.
É neste ponto que, provavelmente, um dos dois começará a pensar (ou melhor, a sentir) que o que não se resolve virando a página, resolve-se mudando o livro. É completamente normal e compreensível, porque não podemos desperdiçar toda a nossa vida sendo vítimas de uma relação sentimental que nos devora por dentro, que destrói nossas expectativas e engana nossas necessidades.
Não fomos feitos para estar satisfeitos. É por isso que, muitas vezes, permanecendo por muito tempo em um relacionamento morto e afetado pela indiferença e apatia, torna-se um verdadeiro túmulo, o que só piora nossos vínculos afetivos.
Estar junto significa muito mais do que amar um ao outro. É por isso que, para que qualquer amor funcione, deve haver interesse mútuo e deve ser demonstrado pelo que é. Ao contrário, porém, o vínculo afetivo acabará consumindo emocionalmente o membro do casal que quer, mas não pode.