O amor é um sentimento poderoso, mas também misterioso. Ela nos guia, nos motiva e muda nossas vidas. É inevitável se render ao seu charme.
Última atualização: 20 de outubro de 2022
Reflexões sobre o amor estão em pauta, visto que é um sentimento que todos sentem, mas que poucos ousam definir; pelo grande impacto que tem nas nossas vidas e pela complexidade que o caracteriza, é difícil resumir o seu significado em poucas palavras.
Ela nos empurra, nos motiva, nos nutre, nos dá bem-estar, mas às vezes também traz consigo sofrimento, tristeza e desconforto; especialmente quando não é correspondido ou quando é mal compreendido. O amor é tão poderoso quanto misterioso, mas render-se ao seu encanto é inevitável.
Em nome do amor, irromperam guerras, cometeram-se crimes, correram-se riscos sem fim e escreveram-se histórias dignas de admiração. A aventura do amor não escapa a erros, obstáculos, tempos mortos ou confusão.
Amar é a maior experiência que a humanidade pode viver, mas também a mais complexa. É uma arte que exige dedicação e perseverança, que quando sustentada pela bondade e autenticidade e em sua forma mais ampla e profunda nos conecta com o todo, quase como uma experiência divina.
Para alcançar esta conexão, para saborear tudo o que o amor pode nos oferecer, é importante aprender a cultivá-la de forma saudável em nossos relacionamentos.
Para isso, é preciso investigar dentro de nós mesmos, em nossa visão de mundo e de nossas conexões com os outros. Os seguintes pensamentos sobre o amor podem nos ajudar.
"Onde há amor há vida."
-Mahatma Gandhi-
13 pensamentos sobre o amor
Diferentes formas de ver a realidade
Cada um de nós constrói a realidade através da educação recebida, das interações com os outros e dos significados obtidos a partir de percepções, modelos de vida pessoal; enfim, de sua própria história. Estamos imersos na subjetividade.
Kant, Piaget e Paul Watzlawick sustentam a perspectiva em que o mesmo fenômeno assume múltiplos significados dependendo do observador.
Eles nos lembram que, de alguma forma, não somos possuidores da verdade absoluta e que a vida tem tantas nuances quanto as pessoas que habitam o mundo.
Esta é a beleza e o lado complicado do amor. Bonito porque nos enriquece e complicado porque muitas vezes exige um exercício de responsabilidade, humildade e aceitação.
Estar ciente de que o parceiro interpreta a situação de forma diferente é importante e, de certa forma, sugere um exercício de empatia. Ter em mente que ele pode se ofender com algo que pode passar despercebido para nós nos mantém atentos. Porque, muitas vezes, não é tanto o que acontece, mas como cada um de nós o vivencia.
Não se trata, portanto, tanto de convencer e pedir ao outro que assuma nossa visão do mundo, mas de tentar compreendê-lo, descobrir como ele percebe através de seu olhar.
Porque só quando entendemos que cada pessoa pode ter uma opinião diferente e que suas ideias sejam formadas por sua biografia, sua história de vida, só assim poderemos realmente estabelecer relacionamentos saudáveis e sinceros. Caso contrário, viveremos em uma maré de confronto e conflito.
“Não existe uma realidade única. Existem várias realidades. Não existe um mundo único. Mas muitos mundos e todos correm em paralelo… Cada mundo é criação de um indivíduo”.
-Paolo Auster-
As pessoas mudam e têm seu próprio caminho
Uma das reflexões sobre o amor que é bom não esquecer. Nada é para sempre, tudo muda e as pessoas não são diferentes. As experiências nos transformam, algumas vezes forçadas pelas circunstâncias e outras independentemente de nossas decisões. O certo é que com o passar do tempo não somos mais os mesmos.
Entender isso significa levar em conta que nem sempre o outro se comportará como esperamos, mesmo quando estiver acostumado a determinados comportamentos. E, claro, nós também não. A mudança é inevitável e, se quiser, um direito.
Outro aspecto que está ligado ao exposto é que, às vezes, as pessoas decidem seguir caminhos diferentes dos nossos, mesmo que no passado tenham sido nossos parceiros de vida. Este é o momento em que devemos nos armar com a coragem de aceitar e deixar-nos ir. O amor às vezes tem prazo de validade e não podemos prescindir dele.
Cada pessoa tem seu próprio caminho de vida. Estar ciente disso nos liberta do egoísmo e de esperar demais de nossos relacionamentos.
Todo relacionamento é uma oportunidade de aprender
As relações são imbuídas de sabedoria, conhecimento de si mesmo, dos outros e do mundo em geral. Eles nos ensinam as raízes da dor, sofrimento e desespero, mas também as raízes da cumplicidade, da confiança, do amor e do poder do perdão.
Um relacionamento pode se tornar um bom professor se estivermos dispostos a aprender com ele.
Relacionar-se com outra pessoa expõe uma parte de nós; especialmente com aqueles com quem temos laços fortes e cordiais. Nossas vulnerabilidades entram em jogo, assim como nossas necessidades, juntamente com os medos que muitas vezes nos impedem de seguir em frente.
Se estivermos dispostos a aprender as lições que nossos relacionamentos nos oferecem, perceberemos que são lições a nosso favor. Observar nossas fraquezas nos diz em quais aspectos precisamos dar mais ênfase e em quais áreas precisamos trabalhar mais.
Ao estarmos cientes de nossos pontos fortes, ela nos diz a que podemos nos agarrar quando tudo dá errado e quais são nossos potenciais e mecanismos de proteção.
Mas não só: relacionamentos são uma grande fonte de informação sobre os outros. Uma oportunidade única de se conectar com eles e enxergar além da máscara da aparência, observá-los nus e contemplar a beleza de sua essência.
É importante cuidar de si mesmo no amor
Esta é outra das reflexões sobre o amor que não podemos esquecer. Embora amar seja um sentimento dirigido aos outros, não implica que devamos nos descuidar de nós mesmos. Muito pelo contrário.
Somente quando nos amamos, quando nos acolhemos com carinho e respeito, podemos dar amor verdadeiro aos outros. Se não o fizermos, oferecemos feridas, atitudes defensivas, desconfianças e medos disfarçados, principalmente nos primeiros momentos. Isso não significa que não sabemos como lidar com eles, mas significa que precisamos estar vigilantes.
Amar significa amar a si mesmo antes de tudo, respeitar a si mesmo antes dos outros. Significa conhecer seus limites e estar ciente de que você não é forçado a suportar abusos ou inconveniências. Somos livres para escolher onde e com que pessoas ficar. Não devemos esquecer isso.
Reflexões sobre o amor: os gestos são mais importantes que as palavras
As palavras têm o poder de criar uma realidade, mas se não forem acompanhadas de fatos, estes costumam ser efêmeros, desaparecendo tão rapidamente quanto foram criados. Podemos expressar o quanto amamos uma pessoa, dizer a ela todos os dias, mas não é suficiente. Atos também são importantes.
Não é preciso grandes gestos para mostrar o verdadeiro amor. Um olhar cúmplice, um “como você está?”, ouvir o que nosso parceiro tem a nos dizer, dar as mãos ou ficar em silêncio pode ser o suficiente.
Pequenos detalhes da vida cotidiana que, ao fazer pouco barulho, atingem as profundezas do outro e, às vezes, são capazes de reconstruir a partir de dentro.
Não é apenas importante ser cúmplice, mas também valorizar o que o outro nos oferece. Há muitos gestos que passam despercebidos, mas que contribuem para nos fazer sentir melhor. Você só precisa reconhecê-los, estar atento e aberto à magia do amor.
Cada pessoa tem uma história
Esta é uma das reflexões mais preciosas sobre o amor. Somos um quebra-cabeça de circunstâncias e experiências. A mistura de tudo o que vivemos que nos molda, que nos constrói.
Porque tudo o que acontece ao nosso redor define nossa experiência e nosso sentimento, tanto intensa quanto superficialmente, na ponta dos pés.
Levar isso em consideração em nossos relacionamentos é essencial. Saber que o outro é diferente e que está travando suas próprias batalhas nos ajuda a compreendê-lo.
Em grande medida, tudo o que vivemos nos afeta de alguma forma e como o colocamos no presente depende de nossa história.
Gerenciar emoções é essencial para construir relacionamentos saudáveis
Não estar ciente de nossas emoções leva ao conflito, frustração, desamparo e desconforto. Ignorar como nos sentimos tem consequências para nós e nossos relacionamentos.
Se não soubermos o que nos deixa tristes ou qual é a fonte de nossa raiva, de alguma forma somos como estranhos aos nossos próprios olhos. Não sabemos quem somos e é difícil para os outros nos conhecerem. Muito provavelmente, de fato, vamos culpá-lo por como nos sentimos.
O ideal é tomar consciência das suas emoções, não só para se conhecer e aprender a geri-las, mas também para saber quais são os seus efeitos no nosso quotidiano e para onde podem levar-nos. Ao fazer isso, construiremos relacionamentos mais construtivos.
Reflexões sobre o amor: nem todos podem nos amar
Esta é uma das reflexões sobre o amor que muitas vezes é difícil de aceitar. Ninguém é obrigado a nos amar, concordar com nosso modo de pensar ou aprovar o que fazemos. É a lei da vida.
É inútil fingir que outra pessoa nos ama por quem somos ou que aceita tudo de nós. Não podemos nos adaptar a todos. O amor não correspondido pode doer, mas você tem que aceitá-lo.
O melhor é sermos livres para tomar as decisões que queremos, seguir nosso próprio caminho e que tudo isso nos aproxima de pessoas que querem estar ao nosso lado.
Relacionamentos nem sempre são os mesmos
É impossível que a justiça reine em um relacionamento, mas o respeito não. Às vezes um dos membros do casal tomará uma decisão, em outro momento será o outro. É como uma dança em que, dependendo das circunstâncias, trocamos de papéis.
Não é possível manter uma contagem objetiva de todos os gestos de amor dos membros de um casal, do número de vezes que se cobram responsabilidades ou se tomam decisões.
É uma troca, na qual o outro pode entrar até certo ponto e se obtém, por sua vez, de acordo com os próprios limites e experiência de vida.
Reflexões sobre o amor: todo relacionamento precisa de dedicação e comprometimento
O amor é como um jardim que precisa ser regado todos os dias; você tem que fazer um esforço para cuidar dele.
Se queremos ser felizes e nos divertir ao lado da outra pessoa, precisamos trabalhar nosso relacionamento. Porque o amor não é um sentimento passivo, ele se alimenta de nossas ações.
Dessa forma, haverá aspectos a serem corrigidos, outros a serem eliminados e outros ainda a tentar colocar em prática para nutrir o relacionamento. É inevitável. Se não prestarmos atenção ao relacionamento, ele se deteriorará com o tempo. Porque como uma planta ela precisa ser regada.
Conhecer a si mesmo é essencial no amor
Conhecer a si mesmo é o suporte para estabelecer vínculos saudáveis com os outros. Saber quem somos, o que queremos e o que é o amor para nós são questões que nos ajudarão a ter mais clareza sobre para onde estamos indo.
Se estivermos errados, não é o fim do mundo
Uma das reflexões mais importantes sobre o amor: errar não é uma frase, mas apenas uma oportunidade de crescimento.
Em termos de relacionamento, é impossível fazer tudo certo de primeira, não há manuais ou tutoriais a seguir, nem fórmula mágica.
Temos que ser flexíveis, considerar a possibilidade de cometermos erros não só com o nosso parceiro, mas também com a família e amigos.
Não somos magos ou adivinhos, nem somos seres com superpoderes: as únicas armas que temos são a escuta, a empatia e as palavras para expressar o que sentimos e o que queremos. Assim como podemos estar errados com os outros, os outros também podem estar errados conosco. Não vamos esquecê-lo.
Reflexões sobre o amor: é preciso saber dizer adeus
Saber como terminar um relacionamento é uma das coisas mais complicadas de todas. No entanto, despedir-se e aceitar que a outra pessoa não estará mais ao nosso lado não é fácil, mas também não é impossível.
Há muitas feridas para curar, muita experiência para processar quando um relacionamento termina. É um processo de reconstrução demorado, se você ou outra pessoa decidiu. O importante é, aos poucos, superar a ruptura, renascer de novo.
conclusões
Através dessas reflexões sobre o amor podemos perceber que amar é extraordinário, mas manter sua chama acesa não é tão simples assim.
A coisa mais importante é permita-se experimentar esse sentimento de forma saudável e, na medida do possível, fazê-lo durar ao longo do tempo.