Última atualização: 25 de julho de 2016
Saber que você é amado é um dos melhores sentimentos que você pode ter. É reconfortante. Energizante, quase. Saber que eles querem vê-lo e falar com você, que eles se preocupam em saber como você está, que eles têm um interesse sincero que se baseia na apreciação genuína. É uma sensação maravilhosa.
Às vezes, quando parece que chegamos ao fundo do poço, essa pessoa vem e nos salva com um telefonema, uma carícia ou um olhar. Outras vezes, para nos manter à tona, basta uma mensagem rápida ou uma saudação afetuosa para nos lembrar que somos amados.
Saber que estamos presentes na mente de alguém, que se preocupam conosco e que somos capazes de despertar emoções e sentimentos em outras pessoas é a melhor boia, um salva-vidas que, sem dúvida, sempre nos faz sorrir.
O amor aos outros é um salva-vidas
No romance O Palácio da Lua, de Paul Auster, há uma passagem que explica perfeitamente o que sentimos quando o amor dos outros nos tira daquele poço profundo no qual caímos e do qual não podemos sair:
Eu não sabia disso na época, é claro, mas sabendo o que sei agora, certamente não posso ignorar aqueles dias sem sentir uma onda de nostalgia por meus amigos. Até certo ponto, isso altera a realidade do que vivi.
Eu tinha saltado de um penhasco e, quando estava prestes a cair no fundo, algo extraordinário aconteceu: percebi que havia pessoas que me amavam. Ser amado assim muda tudo.
Não há menos medo de cair, mas dá a você uma nova perspectiva para entender o que esse medo significa. Eu tinha saltado e foi então, no último momento, que algo me agarrou no ar. Esse algo é o que eu chamo de amor.
É a única coisa que pode impedir um homem de cair, a única coisa poderosa o suficiente para quebrar as leis da gravidade
Como você pode ver nesta esplêndida descrição, o amor dos que nos rodeiam é o nosso carro alegórico, o salva-vidas que nos mantém seguros mesmo quando estamos nos afogando e parece que não há mais nada a ser feito.
O amor sincero não conhece o egoísmo e se afasta dos interesses
O interesse genuíno de quem nos ama não conhece o egoísmo. É uma característica que notamos nos pequenos detalhes, que nos encanta e nos permite manter um vínculo com nosso mundo emocional e relacional.
Um mundo em que, às vezes, nos sentimos estranhos, tão distantes da realidade que esquecemos, como disse Maslow, que é impossível responder às necessidades ou expectativas se uma parte da base não for feita de amor, fraternidade e aquela afeição que nos une aos que nos rodeiam.
Não importa quais são os pilares que nos sustentam, seremos sempre coxos se não sentirmos que alguém se importa conosco. Dessa forma, quando não percebemos a presença de alguém que desperta emoções em nós, nos sentimos tristes e abandonados.
Nossos pontos de referência, as pessoas com quem nos preocupamos
Para continuar crescendo, precisamos nos unir e nutrir nossas raízes, para garantir que de nossos ramos nasçam lindas folhas que representam amor, saúde e prosperidade. Para nossa autoestima e para o equilíbrio de nossa alma, é fundamental ter pontos de referência, pilares nos quais nos apoiarmos nos momentos difíceis ou com os quais vestir nosso melhor vestido e dançar sem guarda-chuva na chuva da felicidade.
Pilares que nos amam mesmo quando erramos, que afugentam a escuridão por mais impossível que nos pareça, que conhecem a versão mais imperfeita de nós e ainda nos mantêm ao seu lado, que nos guardam, que cuidam de nós, que nos dão um suspiro.
Porque construir uma relação que enriqueça e dê calor só é possível se as asas dos outros quiserem voar ao nosso lado e se quiserem nutrir a cumplicidade de um amor puro e sincero que não conhece o egoísmo.