Os segredos da felicidade, de acordo com Carl Jung

Os segredos da felicidade, de acordo com Carl Jung

Segundo Carl Jung, para ser feliz é preciso, antes de tudo, olhar para dentro. Somente quando estivermos acordados, somente quando estivermos conscientes de nosso inconsciente e quando deixarmos as sombras para trás, nos sentiremos livres para fazer o que nos faz felizes.

Os segredos da felicidade, de acordo com Carl Jung

Escrito e verificado pelo psicólogo GetPersonalGrowth.

Última atualização: 15 de novembro de 2021

Os segredos da felicidade, conforme definido por Carl Jung, ainda são muito relevantes hoje. O famoso psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica foi mais do que uma simples figura de grande e vasta cultura que transmitiu conceitos como o inconsciente coletivo ou arquétipos. Jung era um verdadeiro especialista nessa complexa alquimia de emoções, imagens e necessidades que pontilham o inconsciente do ser humano.



“Nós somos a origem do mal absoluto”, afirmou em entrevista, assim como o mundo foi sufocado pela cortina da Guerra Fria. E especificou que "as pessoas são feitas de medos e só a psicologia e a compreensão do que somos podem nos salvar". Jung sabia que nossa espécie é capaz das piores ações, mas também das melhores. Segundo ele, essa autorrealização em nome da esperança e do bem-estar só é alcançada por meio da individuação.

Este conceito interessante também está associado ao conceito de felicidade de Carl Jung. É o processo pelo qual somos capazes de nos transformar em indivíduos psicologicamente livres, em que cada uma de nossas partes está conectada às outras. Sem medos, sem angústias, que eles formam uma totalidade em que nada permanece nas sombras, onde o inconsciente se torna consciente e onde temos nossos objetivos muito claros.

A ideia mencionada foi, sem dúvida, a pedra angular do pai da psicologia espiritual, mas ele também foi capaz de nos oferecer uma pequena lista das dimensões que poderiam nos levar à felicidade. Ele o fez em uma série de entrevistas, posteriormente coletadas no livro de computação gráfica Jung Speaking (1987). Vamos ver em detalhes em que consistem esses pontos.



O privilégio desta vida é poder nos tornar quem realmente somos.

-Carl Gustav Jung-

Os segredos da felicidade segundo Carl Jung

Existem muitas listas clássicas sobre como alcançar a felicidade. Também somos muito claros que muitos deles caem naquele positivismo já datado com o qual se fica preso na teoria, sem ser realista ou buscar ajuda concreta. Agora, os segredos de Carl Jung para ser feliz podem parecer elementares para nós, mas eles têm um caráter distinto notável.

O fundador da psicologia analítica especificou um detalhe: obcecando-nos cegamente com a pesquisa dessas dimensões, obteremos o contrário, ou seja, seremos infelizes. Em vez disso, devemos ter clareza sobre nossos objetivos, mas também ser capazes de nos deixar levar, ser receptivos, intuitivos e - como o próprio Jung diria - perceber aquelas sincronicidades que às vezes nos dão coisas tão inesperadas quanto extraordinárias.

Vamos ver quais são os segredos da felicidade de acordo com Carl Jung.

1. Boa saúde física e mental

Um não existe sem o outro; uma boa saúde deve ser tanto física quanto mental. O próprio Carl Jung afirmou que a psicologia é, na realidade, a única ciência capaz de salvar o ser humano e mediar o bem-estar deste.

Ele também argumentou que a psicologia não é apenas abordar os distúrbios psicológicos que promovem mal-estar e sofrimento. Perceber-nos como indivíduos, focar em nossos objetivos e saber quem somos é um segredo para ser feliz tanto quanto o bem-estar físico.

2. Estabeleça relações sociais saudáveis

A qualidade das nossas relações sociais é, sem dúvida, aquele pilar que aparece em qualquer manual de felicidade. Não podemos viver longe de nossos semelhantes; precisamos de carinho, amizade, segurança, amor, para nos comunicar, compartilhar, descobrir novas perspectivas, aprender uns com os outros, cuidar de alguém e contar com o cuidado de outra pessoa, criar vínculos sólidos e gratificantes.



3. Perceba a beleza da arte e da natureza

A arte é aquele produto cultural concebido pelo ser humano que vai muito além do puro sentido estético. A essência do ser humano também está contida em cada obra, em cada produção. É aí que residem suas emoções, sua criatividade, seus ideais, seu potencial psicológico e inovador, sua maestria em dar forma às criações que inicialmente povoaram nossa mente e naquele cenário inconsciente de que falava Jung.

Saber apreciar tudo isso também nos eleva, nos gratifica e nos deixa felizes. Além de poder admirar a natureza, onde estão nossas raízes, onde cada ser e cada canto do nosso planeta podem dar excelentes lições de sabedoria.

4. Acredite em algo, seja uma fé ou uma filosofia

Entre os segredos da felicidade elaborados por Jung, a espiritualidade não poderia faltar. Seja ancorado em uma doutrina religiosa ou em uma corrente filosófica, acreditar em algo oferece, segundo o pai da psicologia analítica, uma base para o bem-estar.


Significa permitir-nos dar um contexto e uma origem a cada experiência; é sentir que há algo além do que é puramente tangível, algo que oferece raízes, além de sentimentos e propósitos.

5. Ter um trabalho gratificante entre os segredos da felicidade

Carl Jung falou em mais de uma entrevista que seu sonho e desejo quando criança era ser arqueólogo. Ao longo dos anos, as circunstâncias o levaram a estudar medicina e depois se especializar em psiquiatria. De alguma forma, porém, conseguiu direcionar sua paixão pela história, pela antropologia e aquela ânsia de “cavar” nas profundezas do ser humano através da psicologia analítica.

Ter um trabalho gratificante não é fácil, mas seguir o caminho profissional desejado, fazendo as escolhas certas e tendo nossos objetivos claros, nos permitirá encontrar um trabalho que nos fará sentir realizados. Felicidade também é dar aos outros o melhor de nós mesmos através de um trabalho bem feito, pelo qual somos apaixonados e no qual somos bons.


Conclusões: os segredos da felicidade

Sócrates costumava dizer que para encontrar a felicidade é preciso ir às profundezas de nós mesmos. De certa forma, essa ideia tem muita semelhança com o que Jung argumentou; devemos tomar consciência dessa voz interior que está dentro de cada um de nós. Feito isso, nos sentiremos livres e prontos para dar forma à vida que queremos.

Vamos começar este trabalho maravilhoso e extremamente importante hoje.

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