Quais são as relações tóxicas?
Um relacionamento é tóxico quando o impede de desenvolver seu potencial e o faz se sentir mal. Deste ponto de vista, relações tóxicas podem ser estabelecidas não só no casal, mas também entre pais e filhos, amigos e até mesmo colegas.
Numa relação saudável, cada pessoa contribui com uma parte de si, deixando certa liberdade para o outro e contribuindo para o seu crescimento. Em um relacionamento tóxico, uma pessoa tenta dominar e manipular, mesmo a despeito das necessidades e interesses do outro. Como resultado, a vítima fica infeliz. Se essa situação não for resolvida, com o tempo também pode causar graves problemas psicológicos, como depressão, ou danos profundos à autoimagem e à autoestima.
Quais são os relacionamentos mais perigosos?
1. Relacionamentos que visam "preencher" a pessoa
Algumas pessoas acham que sua vida será plena e maravilhosa se encontrarem alguém com quem compartilhar seus sonhos e problemas. É verdade que encontrar alguém com quem partilhar os nossos sonhos, alguém que nos apoie nos momentos mais difíceis, pode ser reconfortante. No entanto, para que um relacionamento seja saudável e maduro, cada uma das pessoas envolvidas deve primeiro ser saudável e separadamente.
A ideia de que o outro pode preencher o vazio está errada. Na realidade, essas pessoas não conseguem se livrar da miséria e do tédio, então acabam se sentindo frustradas e culpando-se mutuamente. Não é uma boa ideia começar um relacionamento para compensar deficiências pessoais. Somente quando realmente amamos a nós mesmos, seremos capazes de amar plenamente os outros.
Além disso, nesses relacionamentos, uma pessoa recebe a responsabilidade de "completar" a outra. E no final esse papel gera angústia e afeta negativamente a qualidade do relacionamento, fazendo com que ele se deteriore.
2. Relacionamentos em que apenas uma pessoa assume o controle
As lutas de poder ocorrem na maioria dos relacionamentos, algumas podem ser mais visíveis, outras permanecem implícitas. Porém, uma vez consolidada a relação, todos assumem um determinado papel e o poder é distribuído da forma mais homogênea possível. No entanto, existem casos em que uma pessoa assume o controle total do relacionamento.
No início, isso também pode ser confortável porque é a outra pessoa que decide e assume todas as responsabilidades. Mas essa relação é muito limitante, pois um dos dois perde o direito de expressar sua opinião e decidir, perde sua autonomia, independência, autoestima e autoconfiança. Portanto, essa pessoa se sentirá presa, incapaz de crescer.
Toda relação envolve cooperação, é necessário que ambas as pessoas envolvidas sintam-se à vontade para expressar suas opiniões e que estas sejam levadas em consideração. As decisões devem ser tomadas de comum acordo, não por imposição ou não cumprimento de obrigações.
3. Relacionamentos baseados em expectativas irreais
Algumas pessoas não aceitam os outros e se esforçam para mudá-los, querem transformá-los em pessoas como elas. Nestes casos, a relação não se iniciava com a pessoa "real", mas com a pessoa "ideal". Por exemplo, alguém pode iniciar um relacionamento pensando que as características do outro de que não gosta vão desaparecer como num passe de mágica.
No entanto, a base de todos os relacionamentos interpessoais é a aceitação. Relacionamentos baseados em expectativas irrealistas irão, com o tempo, causar frustração e sofrimento, porque a decepção logo aparecerá.
Além disso, a pessoa que está sendo solicitada a mudar se sentirá inadequada porque perceberá que não é valorizada pelo que realmente é, mas está sujeita a constantes críticas. Em última análise, essas relações acabam sendo muito prejudiciais porque um dos dois não aceita o outro, que, por mais que tente mudar, nunca conseguirá atender a todas as expectativas.
4. Relacionamentos de co-dependência
Nesse tipo de relacionamento as duas pessoas ficam viciadas, assumem um papel passivo e perdem a individualidade. É curioso porque ninguém aceita o papel dominante, mas ambos precisam da aprovação do outro para tomar qualquer decisão, mesmo a menor. Isso porque eles sempre priorizam as necessidades do outro.
Embora à primeira vista essa forma de relacionamento também possa parecer ideal, o problema é que essas pessoas tendem a acumular muito ressentimento, pois mesmo que tenham optado por esse tipo de relacionamento, acabam culpando os outros por seus infortúnios e decisões. .
Na verdade, em qualquer relacionamento, ambas as pessoas devem assumir a responsabilidade por suas ações. É importante contar com o outro para tomar decisões, mas isso não significa que tenhamos que perder nossa identidade.
5. Relacionamentos baseados em chantagem
Nesse tipo de relacionamento há sempre um manipulador, alguém que conhece perfeitamente as fraquezas do outro e não hesita em usá-las em seu proveito para conseguir o que deseja. Essa pessoa mantém o relacionamento apenas porque lhe convém, mas não hesitará em se livrar dele quando não precisar mais dele.
Nessa relação, um dos dois se submete ao outro, pois sente um sentimento de culpa. A pessoa se sente presa em uma teia de emoções e tem medo de fugir, devido às possíveis consequências que sua decisão poderia ter.
Em última análise, o relacionamento com um chantagista sempre acaba sendo muito caro, principalmente no plano emocional. Portanto, é melhor parar, porque essas pessoas não hesitarão em fazer pedidos cada vez mais exagerados.
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