Hoje falaremos sobre a importância da DIETA no correto funcionamento da glândula TIREOIDE.
Antes de iniciar este breve estudo, é bom lembrar as informações mais importantes sobre a TIREOIDE.
A tireóide é uma GLÂNDULA que produz três hormônios: T3, T4 e CALCITONINA. Estas são necessárias para várias funções, como o CRESCIMENTO DO ESQUELETO e do CÉREBRO, A REGULAÇÃO do METABOLISMO BASAL, O DESENVOLVIMENTO DA PELE, o PILÍFERO e o APARELHO GENITAL.
Porém, em princípio, quando se trata de DIETA e TIREOIDE, o tema de maior interesse é sempre o AUMENTO de secreção de T3 e T4. Na verdade, o aumento desses dois hormônios na circulação, por serem responsáveis pelo controle do metabolismo basal, está correlacionado a uma maior facilidade na perda de peso corporal.
Mas é realmente possível aumentar T3 e T4 com dieta?
A tireóide secreta seus hormônios com base em um complexo mecanismo de FEED-BACK (positivo ou negativo) que afeta várias moléculas que circulam no sangue. Especificamente, a liberação de T3 e T4 é aumentada principalmente pelo hormônio TSH e pela presença SIGNIFICATIVA de alguns nutrientes ingeridos com a DIETA.
Tudo isso está ligado à COMPOSIÇÃO QUÍMICA dos próprios hormônios, que são sintetizados na glândula a partir do aminoácido TIROSINA e do sal mineral IODO.
Enquanto o aumento da TIROSINA na DIETA não parece afetar muito a produção de T3 e T4, ao aumentar o IODO na dieta é possível obter uma reação muito mais RELEVANTE! Obviamente, o resultado varia de acordo com a subjetividade, a dieta pré-existente e a quantidade de aumento do sal mineral.
Em primeiro lugar, especificamos que o iodo é um dos poucos nutrientes DIFÍCEIS a serem fornecidos mesmo por meio de uma dieta balanceada. Por exemplo, para um adulto SAUDÁVEL, estima-se uma necessidade de cerca de 150µg / dia, enquanto a partir das pesquisas estatísticas publicadas no LARN parece que em TODO o território nacional (e além) a ingestão de iodo é em média MAIS BAIXA do que o necessário. O iodo é encontrado principalmente em produtos da pesca e algas marinhas, enquanto apenas uma pequena parte em vegetais cultivados em solos ricos neste mineral. Portanto, quem não consome os alimentos citados COM FREQÜÊNCIA, deve fazer uso do SAL IODIZADO, a fim de atingir a respectiva necessidade diária e evitar a deficiência que parece estar relacionada ao hipotireoidismo e à formação de GOZZO.
Sendo em média deficiente, é razoável pensar que o aumento do iodo na dieta coletiva pode beneficiar a produção de T3 e T4 pela tireóide. No entanto, você também DEVE compreender QUANTO iodo você precisa para suplementar! Geralmente, o uso de sal iodado é mais que suficiente, mas também existem SUPLEMENTOS ALIMENTARES à base deste mineral. A princípio, entre a ingestão com dieta e integração, é aconselhável NÃO ultrapassar 500-600µg / dia para EVITAR o risco de TOXICIDADE, por sua vez relacionado ao HIPERTireoidismo e ao GOZZO TÓXICO NODULAR.
Por fim, lembramos que a glândula tireoide BRIGHTS a deficiência de iodo por curtos períodos, MAS, em caso de gravidez (quando a necessidade é maior), a deficiência do mineral pode causar até comprometimentos fetais muito graves.
Outro sal mineral muito importante para o equilíbrio dos hormônios secretados pela tireoide é o SELÊNIO. Comparado ao iodo, que é necessário para a síntese de T3 e T4, o selênio é ESSENCIAL para a conversão da forma NÃO ativa (T4) na forma ATIVA (T3). Na verdade, o que muitos não sabem é que, MESMO se a liberação de T4 prevalecer sobre a de T3 (em uma proporção de 4: 1), o T4 deve ser subsequentemente convertido por uma enzima em T3. Em última análise, sem o selênio não é possível sintetizar essa enzima específica às custas dos níveis de T3 que circulam no sangue.
Tudo isso é confirmado por alguns estudos clínicos que correlacionaram a deficiência de iodo e selênio AMBOS com o início do hipotireoidismo, AMBOS com o risco aumentado de TIREOIDITOS AUTOIMUNES (talvez este último TAMBÉM devido à falta da propriedade antioxidante conhecida do selênio).
A necessidade média de selênio para um organismo adulto saudável é de cerca de 55 µg / dia, enquanto o limite de toxicidade é considerado acima de 450 µg / dia. Como o IODO, é um oligoelemento contido principalmente em produtos da pesca, e seu excesso SÓ pode se manifestar com o abuso de suplementos alimentares.
Na natureza, existem alguns ingredientes ativos capazes de otimizar (mas NÃO aumentar além dos níveis NORMAIS) a secreção de T3 e T4. São sugeridos na área de emagrecimento, quando se "hipotetiza" que os níveis de secreção tireoidiana podem cair em relação ao normal. Na realidade, isso acontece SOMENTE no caso de FAST prolongado, mas ainda assim são produtos dignos de nota.
Essas moléculas são FORSKOLINA e GUGGULSTERONES.
FRORSKOLINA é obtido a partir de uma planta oriental chamada Coleus forskohlii. Possui diversas funções metabólicas e sua eficácia no emagrecimento consiste em normalizar a liberação dos hormônios T3 e T4 SEM afetar a eficiência natural da tireoide. Os suplementos de FORSKOLINA devem ser tomados em quantidades variáveis com base na formulação específica e, em qualquer caso, NUNCA mais de 240mg de ingrediente ativo por dia. É sempre aconselhável NÃO prolongar o tratamento para além de 90 dias e recomenda-se suspendê-lo em caso de: manifestações alérgicas, agravamento da pressão arterial baixa e hiperacidez estomacal.
GUGGULSTERONES, por outro lado, são esteróis vegetais extraídos da resina de Commiphora mukul. Eles também têm múltiplas funções, mas, no que diz respeito aos hormônios da tireoide, têm um efeito "semelhante" ao fisiológico do SELÊNIO. A ingestão desses esteróis deve, portanto, promover o aumento da relação entre T3 e T4, com conseqüente aumento da molécula mais ativa. Mais uma vez as dosagens variam de acordo com a CONCENTRAÇÃO do princípio ativo e a FORMA de ingestão, e os possíveis efeitos colaterais são: dor de cabeça, náuseas, diarréia, arrotos, soluços e distensão abdominal.
Se a ingestão de FORSKOLINA e / ou GUGGULSTERONI se sobrepor a terapias farmacológicas de vários tipos, é ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIO consultar seu médico para EVITAR interações medicamentosas indesejadas.
Talvez muitos ouvintes não saibam que também existem alimentos que podem ter um efeito negativo no metabolismo do iodo e, portanto, NOCIVOS para a saúde da glândula tireóide.
São alimentos que contêm moléculas obtidas a partir da hidrólise dos GLUCOSINOLATOS, a saber: TIOCIANATOS, ISOTIIOCIANATOS e GOITRINOS. Esses componentes estão presentes em abundância em alimentos vegetais pertencentes à família CRUCIFERE, como colza, repolho, nabo, agrião, rúcula, rabanete e raiz-forte, bem como em espinafre, soja, milheto, tapioca e alface; além disso, LEMBRAMOS que o leite dos animais que se alimentam desses vegetais pode conter vestígios desses princípios ativos.
Por outro lado, as moléculas derivadas da hidrólise dos GLUCOSINOLADOS são TERMOLÁVEIS e isso significa que para evitar qualquer efeito no metabolismo do iodo basta cozinhá-las. Em última análise, tais alimentos NÃO devem ser motivo de preocupação, exceto para o seu consumo cru e em CORRESPONDÊNCIA com deficiências dietéticas significativas de iodo ou deficiências enzimáticas hereditárias.
Também no grupo dos aditivos alimentares existem algumas moléculas que interagem negativamente no metabolismo do iodo; é o caso dos NITRATOS, que dificultam a absorção do mineral pela tireóide.
A produção de T3 e T4 também é influenciada pelo estado nutricional do organismo. É sabido que, ao comer com frequência, tem a garantia de OTIMIZAR a ingestão nutricional das refeições e de MANTER um bom metabolismo basal. Por esse motivo, muitos são levados a acreditar que, ao consumir ALGUMAS REFEIÇÕES, o metabolismo tende a diminuir devido à redução da atividade tireoidiana. Na verdade é uma bela e boa DISTORÇÃO conceitual! A produção do hormônio tireoidiano PODE ser afetada pelo déficit calórico SOMENTE em caso de FAST prolongado. Passar meio dia SEM comer, por mais errado que seja, NÃO leva à redução da taxa metabólica basal. Então, obviamente, durante um jejum prolongado (como 24 ou 48 horas), certamente ocorre uma variação mais ou menos importante nos fluxos hormonais da tireoide. Em última análise, quando se trata da tireoide, pular uma ou duas refeições certamente não é o fim do mundo!
Em seguida, fazemos um esclarecimento final sobre a interação entre a atividade esportiva e a produção de T3 e T4. Os hormônios tireoidianos não estão particularmente sujeitos às alterações induzidas pela atividade motora, MESMO se intensas e prolongadas. Porém, o que pode acontecer é um aumento no CATABOLISMO dessas moléculas e uma consequente MENOR permanência na circulação. Por outro lado, isso determina uma maior atividade FISIOLÓGICA da tireoide para compensar esse aumento do turnover molecular.
Em última análise, no que diz respeito à interação DIETA-TIREOIDE, a correta secreção dos hormônios T3 e T4 é garantida ESPECIALMENTE pela ingestão dietética de IODO, enquanto SELÊNIO permite a conversão de T4 em T3. Baixas concentrações desses minerais na dieta são consideradas potencialmente prejudiciais à saúde da tireoide, bem como uma tendência a prejudicar a secreção de T3 e T4.
Além disso, é sempre bom evitar o jejum, especialmente se for prolongado, enquanto no caso de terapia de perda de peso de baixa caloria, a integração suplementar de forscolina e guggulsteronas pode ajudar. Também lembramos que em caso de: hipotireoidismo CONCLUÍDO, deficiência crônica de iodo e alterações enzimáticas hereditárias específicas, é bom evitar a ingestão de alimentos com bócio, A MENOS que sejam bem cozidos.