Uma ferramenta poderosa para animar qualquer noite ou iluminar um dia nublado. O humor como terapia é uma ferramenta fundamental.
Última atualização: 04 de julho de 2019
O humor é um desses elementos que naturalmente nos ajuda a reduzir o estresse. Os grandes problemas deixam de parecer tão grandes, e as pessoas que podem estar nos intimidando não parecem mais tão influentes. É uma ferramenta poderosa para animar qualquer noite ou iluminar um dia nublado. O humor como terapia é uma ferramenta fundamental.
Embora muitas vezes a associemos ao lazer e à recreação, a ciência mostrou que em algumas situações ela pode ajudar a melhorar os resultados de uma terapia ou intervenção. É um estado de espírito que, em certos momentos, pode até superar o dinamismo. Quando usado dentro de uma comunicação, o humor pode gerar ou fortalecer a confiança entre o profissional e o paciente/cliente.
Quando rimos, temos os seguintes efeitos:
- O circuito de recompensa do cérebro é ativado e o corpo libera endorfinas e dopamina, que são hormônios relacionados ao bem-estar e felicidade.
- Graças à ação da dopamina e das endorfinas, os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, são reduzidos.
- Os músculos relaxam, especialmente os da face.
- Aumenta a sensação de tranquilidade e segurança.
- Sentimentos de prazer e relaxamento nos distraem de problemas e preocupações.
A professora Heidi L. Fritz, da Universidade de Salisbury, dedicou grande parte de sua carreira profissional ao estudo da relação entre humor e estresse. Os resultados de seus estudos revelam que quanto mais humor uma pessoa tem, menos estresse ela está sujeita.
Além do riso, o humor como terapia
A consequência mais visível do humor é o riso, mas há outras também. Quando usado em terapia, não deve ser confundido com falta de seriedade, com ironia ou com um clima em que a euforia toma conta.
Sua real utilidade está em nos dar um ponto de vista diferente: funciona como um daqueles espelhos que deformam as imagens. Dá-nos a possibilidade de ter outros filtros com os quais podemos perceber e processar a informação de uma forma diferente.
Podemos dizer que o humor tem a ver com felicidade, mesmo quando estamos cercados de adversidades. Por um momento, ele é capaz de interromper o fluxo de pensamentos negativos. Um curto período de tempo, mas é o suficiente para quebrar o círculo em que estamos presos e que alimenta os maus pensamentos.
O desafio das profissões mais envolvidas emocionalmente
Os profissionais de saúde que trabalham em situações de emergência, policiais ou bombeiros enfrentam situações muito complicadas todos os dias. Os níveis de tensão podem ser muito altos. Essa situação faz com que seu trabalho muitas vezes se torne a causa de desequilíbrios emocionais.
As dificuldades que enfrentam são aumentadas pelo envolvimento de outras pessoas nas situações que enfrentam. Um exemplo seria um médico que trabalha em uma emergência e tem que tomar decisões importantes em um curto espaço de tempo. Muitas vezes, sem ter todas as informações sobre o lesado, ele precisa decidir como intervir, correndo o risco de causar problemas mais sérios. Mover ou não mover uma pessoa em um determinado momento pode salvar sua vida ou causar paralisia.
Nesses casos, uma vez tomada a decisão, um pouco de humor pode ajudar a reduzir os níveis de estresse antes do próximo momento tenso.
O papel fundamental do humor como terapia em emergências
O humor como terapia pode ser de grande utilidade em emergências. Nesses contextos podemos identificar:
- Um humor usado como ferramenta para melhorar a saúde a curto e longo prazo. Permite-nos superar situações desagradáveis e evita que nos desesperemos. Ajuda-nos a superar circunstâncias desagradáveis, mitigando suas consequências.
- Humor como ferramenta de relacionamento com colegas de trabalho. Em situações estressantes, a cumplicidade entre os membros do grupo pode desempenhar um papel importante na melhoria do desempenho e da cooperação. Além disso, o clima de confiança que gera nos permitirá expressar posteriormente as emoções sentidas.
- O humor como ferramenta para estabelecer uma relação com os pacientes/pacientes. Por exemplo, quando uma pessoa está em uma situação muito estressante e não pode fazer nada a respeito. É o caso de alguém que chamou uma ambulância e está esperando sua chegada. Um pouco de humor pode servir como um "salva-vidas" emocional.
O humor é bom quando você leva o contexto em consideração
Em certas situações é útil usar o humor para aliviar a tensão; em outros, é preferível evitá-lo. Deve-se levar em conta que as pessoas são únicas, assim como as circunstâncias em que se encontram. Você tem que se adaptar constantemente a um ambiente dinâmico e entender se precisa fazer uma piada ou não.
Para gerar os efeitos descritos acima, o humor deve ser usado com inteligência, empatia e respeito. Se não, pode ser muito contraproducente. Em caso de dúvida, use-o levemente e veja como os outros reagem.
Se usado de forma inteligente, pode ser um excelente aliado dentro e fora da terapia. Usar o humor com inteligência significa saber adaptá-lo a diversas situações. Basicamente estamos falando de um tipo de comunicação que podemos ter no trabalho ou na vida cotidiana.