Introdução
O peixe, especialmente alguns tipos, contém grandes quantidades de proteínas de alta qualidade, o que o torna uma boa fonte desse macronutriente, ao mesmo tempo que fornece minerais essenciais e ácidos graxos ômega-3 saudáveis para o coração. As proteínas de peixe são chamadas de peptídeos de alto valor biológico (VB = 78), pois contêm um mapeamento de aminoácidos essenciais (AAE) muito semelhante ao das proteínas humanas; no entanto, é importante limitar a ingestão de peixes maiores, como espadarte, pois podem conter altos níveis de mercúrio. De acordo com especialistas em nutrição, a dose diária recomendada (RDA) de proteína para mulheres adultas é de 46 gramas, enquanto para homens adultos é de 56 gramas. Além de peixes, outros alimentos que são excelentes fontes de proteína dietética incluem queijo, carnes vermelhas magras, sementes, aves, extrato de fermento e legumes.
Atum: a maior proteína
De todos os peixes com alto teor protéico, o atum é, sem dúvida, o que mais possui este macronutriente. As espécies de atum rabilho e albacora são particularmente ricas em proteínas, com o atum rabilho oferecendo 29,91 gramas de proteína por 100 gramas de peixe cozido e o atum albacora fornecendo 29,15 gramas. O atum light enlatado, geralmente feito de uma mistura de atum albacora e gaiado, também é uma excelente fonte de proteína, fornecendo 29,13 gramas de proteína por 100 gramas.
Mais proteínas de peixe: o que são?
Benefícios das proteínas de peixe
As proteínas de peixe foram, e ainda são, objeto de numerosos estudos nutricionais e médicos. A tese mais corroborada vê o consumo de peixes, em particular de suas gorduras e proteínas, benéfico e capaz de promover uma redução na incidência de sobrepeso e uma melhora nos parâmetros metabólicos (pressão arterial, colesterolemia, trigliceridemia, inflamação sistêmica, risco cardiovascular global )
Enquanto a lipidemia parece se beneficiar muito da ingestão nutricional de ácidos graxos poliinsaturados essenciais da série ômega-3, presentes em peixes, as proteínas de peixe intervêm reduzindo a inflamação sistêmica (em particular, a proteína C reativa) e melhorando a sensibilidade à insulina; ambas as características tornam as proteínas de peixe um importante fator de proteção contra o diabetes mellitus tipo 2.
Além disso, as proteínas dos peixes teriam efeitos benéficos no metabolismo bio-regulador, contribuindo para uma maior sensação de saciedade, reduzindo assim o consumo de alimentos. Isso pode ser atribuído à capacidade das proteínas dos peixes de estimularem a secreção de mediadores gastrointestinais responsáveis pela saciedade: colecistoquinina (CCK) e glucagon peptídeo-1 (GPL-1). O resultado é, portanto, constituído por uma melhora fisiológica na regulação do peso corporal.
Para construir músculos, é melhor comer proteínas no café da manhã.