3 efeitos da inteligência emocional em seu comportamento

3 efeitos da inteligência emocional em seu comportamentoDesde que Daniel Goleman popularizou a Inteligência Emocional em 1995, muitos outros estudos foram feitos para tentar desvendar o significado desse conceito. Uma das pesquisas mais interessantes foi conduzida no Oriente Médio e incluiu mais de 400 gerentes que ocuparam diferentes cargos em suas organizações. Os pesquisadores concluíram que a inteligência emocional pode prever as chances de sucesso em uma carreira com 58% de confiança.

Outro estudo canadense envolvendo 372 estudantes universitários descobriu que 80% dos alunos que pontuaram bem também tinham boa inteligência emocional.



Porém, o fato de a Inteligência Emocional estar ligada ao sucesso e, de certo modo, facilitá-lo, é apenas uma das muitas implicações dessa qualidade, pois seus tentáculos alcançam muitas outras esferas de nossa existência e influenciam nosso comportamento.

Como funciona a inteligência emocional na vida cotidiana?

1. Ajuda-nos a tomar melhores decisões

As emoções podem ser de grande ajuda quando nos deparamos com um problema, porque podem nos alertar sobre o perigo e nos fazer ter uma atitude mais cautelosa. No entanto, às vezes eles se tornam um obstáculo, especialmente quando somos estranhos à situação que enfrentamos. De qualquer forma, a inteligência emocional nos ajuda a tomar decisões melhores, ou pelo menos isso é estabelecido em um estudo das universidades de Yale e Toronto.

Esses pesquisadores conceberam um experimento curioso: envolveram as pessoas e as deixaram ansiosas, pedindo-lhes que preparassem um discurso improvisado. Posteriormente, eles perguntaram se estariam dispostos a apoiar um projeto de clínica médica.

Os resultados mostraram que as pessoas com maior inteligência emocional estavam cientes de que a ansiedade que vivenciavam não estava relacionada à decisão de tomar. Portanto, 66% aprovaram o projeto, enquanto apenas 7% daqueles com baixa inteligência emocional o apoiaram.



A questão é que, ao contrário da crença popular, uma boa decisão não envolve a eliminação de emoções, porque também elas são uma valiosa fonte de informação, pois atuam como marcadores somáticos. A chave é descobrir de onde vêm esses sentimentos, o que os causa e como podem afetar nossa percepção do problema.

2. Faz-nos confiar nos outros

Embora a desconfiança tenha se tornado moda nos últimos anos e tenha se estabelecido como um modelo de comportamento social, o fato é que a confiança nos outros apresenta múltiplas vantagens. Sabemos que confiar não só nos torna mais felizes e aumenta nosso nível de satisfação, mas também nos garante uma melhor saúde física e uma maior propensão para empreender novos projetos.

Agora, um estudo realizado na Universidade de Oxford revela que pessoas com boa inteligência emocional tendem a confiar mais nos outros. Esses pesquisadores estão convencidos de que a chave está em sua capacidade de ser empáticos e identificar rapidamente as características positivas das pessoas com quem se relacionam. Porque?

Em primeiro lugar, a Inteligência Emocional ajuda a formar uma imagem bastante precisa da pessoa à nossa frente, permitindo-nos minimizar a incerteza e adotar uma atitude mais aberta. Além disso, a Inteligência Emocional também envolve um certo grau de autoconfiança, que provavelmente se projeta nos outros.

3. Reduz o estresse

Numerosos estudos encontraram uma correlação positiva entre inteligência emocional e baixos níveis de estresse. Por exemplo, pesquisadores da Universidade de Cincinnati recrutaram 200 pessoas e as submeteram a diferentes tarefas que geram diversos graus de estresse. Assim, eles puderam ver que aqueles com maior inteligência emocional estavam menos estressados. O importante é que essas pessoas usem estratégias de gerenciamento de estresse muito eficazes e que lhes permitam regular a intensidade das emoções negativas, controlando seus efeitos.



Um estudo ainda mais interessante da Universidade de Yale foi além ao descobrir como os corpos das pessoas emocionalmente inteligentes respondem ao estresse. Desta vez, os pesquisadores puderam ver que, mesmo em situações estressantes, essas pessoas apresentavam níveis mais baixos de cortisol (o hormônio do estresse) e pressão arterial mais baixa. Isso indica que lidar com conflitos e problemas com a inteligência emocional realmente ajuda a aliviar os efeitos do estresse, mesmo no nível físico e mesmo que não estejamos cientes disso.

A inteligência emocional pode ser desenvolvida?


A Inteligência Emocional é um conjunto de habilidades que nos permitem reconhecer e regular nossas emoções e as dos outros. Isso implica que não é uma habilidade inata, mas pode ser desenvolvida ao longo de nossa vida. Na verdade, existem cursos de Inteligência Emocional nos quais você trabalha em diferentes habilidades. O interessante é que com esses cursos você não só obtém resultados muito rápidos, mas também estáveis ​​ao longo do tempo.

No entanto, se você optar por um desses cursos, certifique-se de que sejam ministrados por uma universidade credenciada ou centro psicológico sério, já que esses problemas costumam ser terreno fértil para muitos gurus improvisados ​​que promovem receitas fáceis sem qualquer base científica.

A maioria desses cursos passa algumas horas analisando o conceito de inteligência emocional e as bases que a sustentam e, em seguida, passam às atividades práticas, através das quais você será ensinado a identificar suas emoções, suas causas e como gerenciá-las para obter o máximo beneficiar. Do ponto de vista social, trabalhamos a empatia e a capacidade de lidar com os conflitos, evitando que as emoções negativas assumam o controle.


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