A forma como nos relacionamos com os outros diz muito sobre o amor que sentimos por nós mesmos. Neste artigo, explicamos como esses dois aspectos estão conectados.
Última atualização: 24 março 2022
Assertividade e autoestima são dois conceitos que ouvimos com frequência, ambos essenciais para desfrutar de uma boa saúde emocional e relacionamentos satisfatórios.
Você já se perguntou o que eles têm em comum? Em qual devemos começar a trabalhar para mudar nossa vida? Hoje falamos sobre a interessante relação entre assertividade e autoestima.
Quando decidimos trabalhar em nós mesmos, podemos nos sentir sobrecarregados com a quantidade de informações disponíveis. Parece haver tanta coisa para fazer que escolher por onde começar se torna impossível.
Muitas dessas variáveis estão realmente relacionadas e a melhoria de um desencadeia mudanças em nível global. O mesmo vale para assertividade e autonomia.
Definição de assertividade e autoestima?
Comecemos por definir estes dois termos que, embora conhecidos de todos, nem sempre são totalmente compreendidos. A autoestima é baseada na percepção que temos de nós mesmos, na avaliação que fazemos das nossas características físicas e pessoais. Por sua vez, inclui as tendências comportamentais derivadas dessa avaliação.
É, portanto, o resultado de um processo em que analisamos, nos julgamos positiva ou negativamente e agimos de acordo. Em outras palavras, decidiremos se cuidamos do corpo e da mente, mantemos um diálogo interior saudável e enfrentamos os erros e as adversidades como aliados ou como inimigos de nós mesmos.
Por outro lado, assertividade é um modelo de comunicação interpessoal que se baseia no respeito para si e para os outros. As interações assertivas permitem que nos relacionemos com os outros no mesmo nível, sem nos submetermos à vontade deles e sem impor a nossa.
Estamos, portanto, aptos a expressar opiniões, desejos e pedidos pessoais tendo em conta os do nosso interlocutor.
Qual é a relação entre assertividade e autoestima?
A relação entre assertividade e autoestima não é facilmente perceptível de imediato. A primeira parece estar mais ligada às relações sociais, enquanto a segunda à relação consigo mesmo.
No entanto, ambos são pilares fundamentais da inteligência interpessoal e intrapessoal. Além disso, eles se alimentam constantemente.
Quando uma pessoa começa a trabalhar sua autoestima, sua autoimagem melhora e ela passa a se valorizar mais positivamente. Ou seja, ele se considera válido e digno de amor e respeito, independentemente de suas falhas ou erros que possa cometer. Vamos falar sobre amor-próprio que também se reflete nas relações com os outros.
Quem aceita, respeita e se considera facilmente encontra coragem para expressar preferências e necessidades pessoais. Ele não tem medo de rejeição ou abandono e isso o torna livre para se comunicar com os outros.
A pessoa com sólida auto-estima não tolera desprezo ou maus-tratos nem os transmite, pois não precisa se colocar em posição superior aos outros.
Da mesma forma, quem consegue se comunicar de forma assertiva, sem dúvida, desfruta de um bom relacionamento consigo mesmo. É a sua auto-estima que lhe permite relacionar-se com os outros de forma saudável; além disso, as interações são muito mais satisfatórias para ambas as partes.
Pela mesma razão, sua autoavaliação é cada vez mais positiva. Sempre que nos expressamos abertamente, resolvemos um conflito com tons calmos ou nos envolvemos em interações sociais satisfatórias, a autoestima aumenta.
Onde começar?
Dada a estreita relação entre assertividade e autoestima, as deficiências em um nível provavelmente também serão encontradas no outro. Se esse é o seu caso e você não sabe por qual começar, a resposta é: autoestima.
É verdade que ambos os aspectos se complementam, mas não é possível ser assertivo se você não tem autoconfiança. A insegurança e os medos levariam à recaída em comportamentos complacentes ou agressivos com os outros.
Precisamos começar a construir um relacionamento sólido consigo mesmo, amar, respeitar e tratar uns aos outros com amor e compaixão. Com base nisso, será natural e inevitável reservar a mesma valorização e respeito às relações interpessoais. A mudança sempre vem de dentro.
