As mulheres são melhores do que os homens para distinguir emoções, especialmente medo e repulsa. O estudo, realizado pela Universidade de Montreal, garante que as mulheres sejam melhores no processamento de emoções por meio dos canais auditivos e visuais. Desta vez, os investigadores não usaram as fotos clássicas de rostos mostrando emoções, mas envolveram atores que simulavam os diferentes estados emocionais. O estudo envolveu 23 homens e 23 mulheres com idades entre 18 e 43 anos. Como parte da pesquisa, os voluntários foram expostos a estímulos bimodais: a atuação dos atores e gravações em que as expressões humanas foram mostradas. Os participantes foram solicitados a categorizar as emoções como expressões de medo ou repulsa. As mulheres não apenas deram respostas mais corretas, mas também foram mais rápidas em suas decisões. No entanto, ocorreu um efeito curioso, as mulheres reconheciam as emoções com mais facilidade quando eram vivenciadas por outras mulheres. Claramente, este estudo não visa demonstrar a superioridade de um sexo sobre o outro, mas sim determinar as possíveis diferenças para entender a etiopatogenia daquelas doenças que variam sua incidência em relação ao sexo, como no caso do autismo ou Síndrome de Asperger. Em 2002, propunha-se a teoria de que essas doenças tinham maior incidência no sexo masculino, uma vez que não possuíam um sistema tão especializado em reconhecer estados emocionais e se relacionar no enfrentamento do sexo feminino. Agora, essa hipótese poderia ser mais explorada, dada a perspectiva introduzida pelos novos resultados. Mas ... Essas diferenças são genéticas ou de origem social? As explicações são muito variadas e mesmo aceitando a ideia de que existe predisposição genética, entretanto, a incidência cultural aumenta as diferenças a posteriori no processamento emocional, chegando até a favorecer mudanças no nível cerebral.