Gerenciando as emoções durante a crise

Gerenciando as emoções durante a crise

Em tempos de crise, é normal sentir emoções flutuantes e até desconforto físico, como dores nas costas ou dor de cabeça. Aprender a gerenciá-los nos permite avançar com mais confiança neste momento específico. 

Gerenciando as emoções durante a crise

Escrito e verificado pelo psicólogo GetPersonalGrowth.

Última atualização: 15 de novembro de 2021

Gerenciar emoções em tempos de crise não é fácil. Geralmente os vivenciamos como um todo caótico, perturbador e exaustivo. O medo se mistura com a ansiedade, sentimos uma ponta de esperança, aquela que nos encoraja a seguir em frente; logo depois, porém, há frustração ou até raiva se vemos que as coisas não estão indo como gostaríamos.



As emoções estão em constante movimento, elas mudam, elas vêm e vão, nos aprisionam e alteram nossos pensamentos. A anatomia dessas realidades psicofisiológicas nos condiciona e geralmente não sabemos como explorar seu potencial. Eles são inestimáveis ​​porque nos permitem avançar, sobreviver em um cenário tão complexo.

Charles Dickens disse em Great Expectations que um coração que ama, sente, se alegra e sofre reflete a maior sabedoria. Talvez tenhamos esquecido disso. Saber vivenciar a ampla gama de emoções e sentimentos que a vida nos oferece (e aprender com eles) é uma grande vantagem.

Nestes tempos de crise, mudança e incerteza, estamos sem dúvida perante um teste decisivo. Aquele para o qual não basta sobreviver ou permanecer de pé na tempestade, cedendo a cada assalto ou revés que o destino nos reserva.

É também sobre desenvolver um plano para ser bem sucedido, avançar com determinação, esclarecer nossos objetivos e alcançar o equilíbrio, o bem-estar.

Gerenciando as emoções durante a crise

O cérebro processa as convulsões como uma ameaça. Esses períodos, normais e quase previsíveis na vida ou ciclo de qualquer sociedade, são interpretados por nossa mente como a interrupção de algo que tínhamos como certo. Uma mudança nesses aspectos que eram seguros e previsíveis ativa a amígdala em nosso cérebro. Surgem emoções negativas, como raiva ou medo.



O antropólogo Juan Luis Arsuaga destaca que todas as idades, cada ciclo histórico tem sua própria crise e nós tocamos nisso. No entanto, não existe uma estratégia única que nos permita sair alegremente desse contexto.

O que falta fazer é, na realidade, obrigado: estar determinado a comportar-se com responsabilidade. E isso significa, antes de tudo, cuidar da sua saúde mental e emocional.

Aceite os altos e baixos emocionais

Para gerenciar nossas emoções em tempos de crise, devemos primeiro entender um aspecto importante. O balanço das emoções é feito de altos e baixos: agora ficamos com raiva, depois esperamos, depois sentimos angústia. Isso é completamente normal.

Temos que acolher todas as emoções que sentimos; temos que aceitar cada sensação em nosso corpo, cada sentimento que ocupa nossa mente. Esses altos e baixos emocionais não são o resultado de uma mente perdendo o controle, não é o resultado de um distúrbio psicológico. Novamente, eles são completamente normais.

As emoções durante a crise são viscerais

Quando estamos sob pressão, tendemos a sentir emoções viscerais. O que isto significa? Que sentiremos dores de estômago, que nos sentiremos mais cansados ​​e que teremos vontade de dormir durante o dia. Então surgirá a hiperatividade, o desejo de se mover. Dor de cabeça ou dor de estômago mais tarde.

Essas doenças “nômades” são o resultado das emoções que são expressas em nosso corpo e eles pedem para ser aceitos, compreendidos e gerenciados por nossa mente. Portanto, não nos esqueçamos de prestar atenção a todas essas sensações físicas.


Gerenciando emoções durante a crise: dando espaço e transformando

Para gerenciar nossas emoções durante um momento de crise, devemos primeiro entender nosso padrão emocional nessas circunstâncias. Ou seja, há aqueles que, diante da mudança ou da incerteza, reagem com forte ansiedade. Outros, por outro lado, adotam uma abordagem mais calma, focada e flexível.


Seja qual for a atitude, sabemos que este é um momento difícil para todos. O importante é não perder o controle. Saúde mental é sentir as emoções certas no momento certo e descobrir como reagir. Isso significa que em tempos difíceis é compreensível sentir tristeza, raiva ou medo. Não reconhecer essas emoções, negá-las ou amplificá-las a ponto de ficar sobrecarregado não é a atitude correta.


É preciso saber dar um nome a cada emoção. A grande meada emocional deve ser dissolvida em partes menores para identificar as emoções individuais, dar-lhes um espaço, aceitá-las. Então chegará a hora de "domá-los".

É claro que não podemos transformar uma emoção negativa em positiva. Ninguém é capaz de passar da tristeza à felicidade, mesmo que queira com todas as suas forças. O cérebro não tem um interruptor, mas um córtex pré-frontal que permite refletir, ver as coisas de uma perspectiva.

Um estudo realizado na Universidade de Michigan pela psicóloga Barbara Fredikson chegou a conclusões interessantes. Educar o cérebro sobre dimensões como esperança, fé em um amanhã melhor e a ideia de que as coisas podem mudar pode nos ajudar a superar tempos de crise.

Criando abrigos emocionais: todos estamos tendo a mesma experiência

Gerenciar emoções também significa saber pedir ajuda. Não podemos esquecer que esta crise é global e que de alguma forma a maioria de nós está experimentando os mesmos medos e necessidades. É sempre bom poder contar com alguém; criar paraísos emocionais com pessoas para conversar, desabafar e compartilhar pensamentos é muito catártico.


Para concluir, como dizia Albert Einstein, em momentos de crise só a imaginação é mais importante que o conhecimento. É a imaginação que nos ajuda a criar caminhos possíveis para a mudança, para responder aos nossos problemas. No entanto, não podemos esquecer o aspecto emocional. Cuidar desse universo interior é essencial para dar sempre o melhor de nós.

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