Melhore a autoestima sendo mais realista

Melhore a autoestima sendo mais realista

Melhore a autoestima sendo mais realista

Última atualização: 02 2020 agosto

Melhorar a autoestima é um dos fundamentos de muitas intervenções terapêuticas, um dos pilares de qualquer terapia. Isso ocorre porque uma boa autoestima fortalece nosso sistema imunoemocional e apoia nossa resiliênciaos braços e as pernas com que nadamos no oceano da vida. Dada a sua importância, então é fundamental nos perguntarmos: como melhorar a autoestima?

Como tantos outros desafios psicológicos, requer ferramentas ou estratégias diferentes. Isso ocorre porque o colapso da nossa autoestima pode estar enraizado em vários fatores. Uma das mais importantes é o sistema de atribuição com que trabalhamos e o grau de influência que acreditamos ter sobre o que nos acontece.



"Baixa auto-estima é como dirigir pela vida com o pé no freio."

-Maxwell Maltz-

A atribuição de causa e os efeitos na autoestima

Quando há déficit de autoestima, acreditamos que o que nos acontece é consequência de fatores internos que não podemos mudar. Ou seja, atribuímos a nós mesmos a causa desse "infortúnio". Vamos dar um exemplo. O que uma pessoa com baixa autoestima pensará quando sofrer um rompimento romântico? O mais comum nessas circunstâncias é que ela acredita que o relacionamento terminou por causa dela.

Aqui então aparecerão pensamentos negativos como “não sou suficiente para ela/ele”, “não mereço/mereço”, “sou culpado pelo fim do relacionamento”. Na verdade, quando um relacionamento termina, a responsabilidade geralmente pertence a ambos. Não cabe apenas a um dos dois membros, mesmo que um ou ambos se sintam assim.

Dessa forma, é normal que apareçam "pensamentos de auto-culpa". Na presença desses pensamentos, pode entrar em jogo a auto-estima que, se for saudável, aliviará o fardo e evitará o colapso. Dito de outra forma, seremos mais realistas com as atribuições causais que fazemos sobre isso. E a mesma coisa acontece no resto das áreas da nossa vida. As pessoas tendem a fazer atribuições internas estáveis ​​sobre o que acontece com elas. 



Teles também acabam fazendo atribuições externas das coisas positivas que acontecem com eles. Eles acreditam que quando conseguem um emprego, por exemplo, é porque seu chefe é uma boa pessoa e não por méritos de seu trabalho. O que acontece depois? Que é impossível para eles se sentirem bem consigo mesmos quando são recompensados ​​ou promovidos.

“Até que você se aprecie, você não valoriza seu tempo. Até que você dê valor ao seu tempo, você não fará nada com ele."

-M. Scott Peck-

Aprenda a modificar a causalidade para melhorar a autoestima

O que podemos fazer para mudar nossa atribuição de causa e melhorar a autoestima? Vamos começar desviando um pouco para adotar uma nova perspectiva. Assim poderemos fazer uma avaliação geral e orientada para a realidade sem que esta se baseie apenas em erros ou problemas. Como acontece quando comparamos nossa vida com a dos outros nas redes sociais, é inútil que essa atribuição de causa se torne muito otimista, porque assim o impacto com a realidade será muito pior.

Devemos nos perguntar em que medida afetamos o que nos acontece (para melhor ou para pior) e quais outros fatores interferiram para que determinado final aconteça. Devemos aprender a atribuir a nós mesmos o que de bom nos acontece se for realmente nosso mérito. Ao fazer isso, aprenderemos e nossa auto-estima melhorará.


Da mesma forma, devemos entender se os eventos negativos que nos acontecem são atribuíveis a causas que podem estar relacionadas a nós mesmos ou não, para deixarmos de nos culpar por fatos cuja influência pessoal foi pouca ou nenhuma. Se tivermos muita responsabilidade, não adiantará punir-nos depois de analisar os fatos e entender.


"Quando você se recuperar ou descobrir algo que alimente sua alma e lhe traga alegria, comprometa-se a se amar o suficiente e deixe um espaço em sua vida."


-Jean Shinoda Bolen-

Ser capaz de nos analisar de forma realista nos ajuda a ter uma visão mais realista dos nossos pontos fortes e fracos. Desta forma será possível melhorar a auto-estima e fortalecer-nos, de facto poderemos escolher os objectivos nos quais investir os nossos recursos de forma mais eficaz.

Imagens cortesia de Camila Cordeiro e Annie Spratt.

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