Aqui está um "kit de primeiros socorros" para oferecer apoio emocional em situações de desespero.
Última atualização: 18 de fevereiro de 2022
É provável que em mais de uma ocasião tenhamos estado perto de um ente querido quando ele estava em um estado emocional negativo; tentamos oferecer apoio emocional e apoio. Muitas vezes, porém, nos sentimos incapazes de ajudá-la real e efetivamente.
Do ponto de vista literário, o apoio emocional pode ser entendido como "o estabelecimento de uma relação pessoal entre a pessoa aflita e a pessoa que deseja ajudar, com o objetivo de fazer com que a primeira pessoa encontre tranquilidade e apoio, criando um clima de confiança, reduzindo medos e ansiedades, favorecendo a expressão de suas emoções e ajudando-a a se adaptar ao problema " (Elsass, Duedahl et ai., 1987).
"Se você precisar de uma mão, lembre-se que eu tenho duas."
-Sant'Agostino-
Para quem não é especialista no setor, porém, nem sempre é fácil. Aqui está um "kit de primeiros socorros" para oferecer apoio emocional nessas situações.
Dicas para oferecer apoio emocional
1. Procure um local adequado
Você tem que encontrar um lugar confortável, livre de distrações como televisão, rádio, celular, outras pessoas, onde quem precisa de apoio se sinta seguro e onde o diálogo, uma vez iniciado, não corra o risco de ser interrompido por fatores externos.
2. Escuta ativa, sem julgamentos
Ouça com atenção é uma das melhores estratégias para oferecer apoio emocional. Muitas vezes a pessoa precisa de alguém que a ajude a construir uma história do que viveu: uma história que ela possa integrar à sua história e com a qual possa conviver.
Por outro lado, ouvir não significa dar soluções. Talvez saibamos como nos comportaríamos no lugar do outro, mas devemos ter em mente que toda experiência é subjetiva e determinada por uma série de elementos particulares e pessoais. Ao mesmo tempo, ao construir sua história juntos, teremos que excluir tantos elementos que são fruto de sua imaginação. Os sentimentos que ele descreve para nós, como vergonha, podem não ter sido reais.
"O propósito da vida humana é servir, mostrar compaixão e ter vontade de ajudar os outros."
–Albert Schweitzer–
3. Seja empático para oferecer apoio emocional
Como sabemos, empatia nada mais é do que uma espécie de utopia: é impossível se colocar no lugar dos outros. Isso, no entanto, não significa que você não deva tentar entender o que está acontecendo do ponto de vista dele (em vez de analisar a situação do seu próprio). Quando o fazemos, porém, não nos esquecemos de ser cautelosos: este exercício é, por definição, imperfeito.
Se a pessoa começar a chorar, deixe-a expressar essa emoção. Piangere é uma das melhores maneiras de expressar emoções e curar a alma. É uma das melhores maneiras de dizer: "Sou um ser humano e preciso da sua companhia". Não tente parar de chorar, caso contrário você corre o risco de fazer o outro se sentir incompreendido ou envergonhado.
4. Demonstre afeto
Carinho quase nunca é demais. Pode ser um simples comentário ao outro, um sinal de que o ouvimos, a mensagem de que mesmo depois de sua jornada/história ficaremos ali com ele. Aquele carinho que pode se materializar em forma de abraço, mas também em gesto ou simplesmente em palavras.
“Ajudar é uma arte. Como qualquer outra arte, implica uma habilidade que pode ser adquirida e exercitada. E também é preciso identificar-se com quem procura ajuda; a perspectiva é, portanto, o que lhe corresponde e o que, ao mesmo tempo, vai além, em direção a algo mais amplo”.
-Bert Hellinger-
5. Busque informações e a ajuda de um profissional
A ajuda profissional de especialistas qualificados é sempre uma opção a considerar, embora haja situações em que é mais necessário do que outros.
Felizmente, a sociedade atual deixou de considerar o psicólogo como um remédio exclusivo para pessoas "loucas". Ao contrário, Quem se ama e deseja preservar sua saúde mental vai para lá.