Viver em um apartamento com pouca luz solar durante a reclusão pode ser fatal. Entre as consequências desta circunstância podemos sentir-nos desanimados, sofrer de distúrbios do sono e ter deficiência de vitamina D. Vamos ver como lidar com esta situação.
Última atualização: 28 de janeiro de 2021
A falta de luz solar durante o isolamento é um problema que afeta muitas casas. A atual pandemia chegou na primavera, obrigando-nos a privar-nos desta época maravilhosa. Embora os dias sejam mais longos e o sol mais quente, milhões de pessoas estão vivenciando a quarentena sem nenhum contato com essa fonte essencial de vida para os seres humanos.
Morar em apartamentos pequenos cuja orientação não favorece a entrada de luz solar é bastante comum. O mesmo problema se aplica à s casas do primeiro andar localizadas em pequenas ruas da cidade, onde é difÃcil até mesmo dizer se é de manhã ou de tarde. Esses fatores podem ter algum impacto na saúde e no bem-estar psicológico.
O ser humano é homeotérmico, ou seja, depende da luz solar, não apenas para regular sua própria temperatura. De fato, a luz solar também é essencial para promover o equilÃbrio dos ciclos do sono e para um metabolismo adequado. Além, claro, do efeito poderoso que o calor dos raios tem na nossa saúde mental.
A luz solar durante o isolamento é essencial para o bem-estar
Michael Terman, um conhecido psiquiatra especialista em cronoterapia, testemunhou durante sua carreira como mudanças na luz em várias fases do ano ou mudanças na iluminação dentro de edifÃcios podem afetar o comportamento humano. Sem luz solar, as pessoas sofrem de distúrbios do sono, do humor e até do peso corporal.
Muitos de nós não estão realmente conscientes da importância desse fator em nossa vida. Somos uma empresa acostumada a realizar a maioria das nossas atividades em ambientes fechados, sob feixes de luz artificial. A maioria de nós trabalha em escritórios internos, levantando-se de madrugada e voltando para casa à noite.
De volta a casa, nosso contato continua com aparelhos eletrônicos, com computadores, celulares, TV... A chamada luz azul da tecnologia contribui para alterar nossos ritmos circadianos, reduzindo a produção de melatonina.
No atual contexto de emergência sanitária e com a proibição de sair de casa como medida preventiva, surge um novo problema. A falta de luz solar durante o isolamento pode ser fatal em muitos casos. Analisamos as consequências e as medidas preventivas a serem utilizadas.
Deficiência de vitamina D
De acordo com um estudo realizado pelo Dr. Robert Nair da Universidade da Califórnia, quase 50% da população mundial sofrerá de deficiência de vitamina D. Uma das principais causas é a falta de atividade ao ar livre e a falta de contato com o sol.
A falta de iluminação natural adequada em casa durante a quarentena pode agravar esse fato. Eles podem surgir problemas relacionados com o metabolismo do cálcio e enfraquecimento do sistema imunológico.
Portanto, é essencial, sempre que possÃvel, ficar ao sol pelo menos 20 minutos por dia. Faça uso de seus terraços, janelas ou cantos por onde a luz do sol entra. Por outro lado, não esqueçamos que existem outras fontes de vitamina D como laticÃnios, ovos ou peixes oleosos.
Distúrbios do sono devido à falta de luz solar isoladamente
Morar em uma casa ou apartamento com pouca luz afeta a qualidade do sono. Essas alterações podem resultar em insônia ou hipersonia ou afetar nossos hábitos, levando-nos a tirar longas sonecas à tarde e ir para a cama à noite sem dormir. Na medida do possÃvel, estas recomendações devem ser seguidas:
- Estabelecemos rotinas para melhor gerir o tempo. Seguindo os hábitos diários com disciplina, poderemos perceber melhor as mudanças em nós. As atividades mais intensas, como teletrabalho, limpeza da casa ou prática de esportes, devem ser feitas pela manhã. À tarde, vamos nos dedicar a tarefas mais relaxantes, como um hobby, ler, assistir a uma série de TV...
- É essencial acordar e ir para a cama no mesmo horário o tempo todo. Se quisermos tirar uma soneca à tarde, deve durar apenas 20 ou 2.
- Outro objetivo é que nossos cérebros distingam o dia da noite. Procurar uma fonte de luz e usá-la por 20 minutos pode nos fazer muito bem.
Saúde mental e humor em espaços com pouca luz
Há um aspecto que não podemos ignorar: nossa saúde mental pode sofrer por ficar muito tempo dentro de casa sem luz solar.
Precisamos ativar nossas defesas psicológicas e, se necessário, pedir ajuda. Um apartamento na penumbra aumentará o desespero. Temos em mente os seguintes pontos-chave:
- É essencial (repetimos) ficar ao sol pelo menos 20 minutos por dia.
- Evitamos sair de casa com pouca luz. Vamos pegar luzes baratas para criar uma atmosfera agradável.
- Vamos focar na rotina para organizar nosso tempo.
- Mantemos contato com os entes queridos por meio de mensagens, ligações e videochamadas.
- Realizamos atividades criativas para que nossa mente permaneça ativa, livre e encontre espaços para criar conexões com o presente.
- O exercÃcio também nos ajudará a produzir endorfina, serotonina, dopamina ... Neurotransmissores essenciais para melhorar o humor.
- Vamos estabelecer metas. Aceitamos nossas emoções negativas, as deixamos fluir de tempos em tempos, mas nunca esquecemos nosso propósito e esperança. Não vamos deixar falhar.
finalmente, embora o isolamento não seja fácil para ninguém, há pessoas que se encontram em situações que as tornam mais vulneráveis. Tenhamos isso em mente, encontramos estratégias para melhorar sua qualidade de vida nessas circunstâncias e pedimos ajuda se necessário.