Serviço social em emergências e desastres

Serviço social em emergências e desastres

Você está familiarizado com as funções do serviço social em situações de emergência e desastre? 

Serviço social em emergências e desastres

por escrito Elena García

Última atualização: 14 de dezembro de 2021

Quando um evento representa um risco, seja para uma comunidade ou um grande número de pessoas, é necessário o envolvimento de profissionais especializados. O trabalho social em situações de emergência e desastres visa resolver integralmente os contextos de crise e risco, colocar em prática uma verdadeira intervenção social.



A intervenção deve ser preparada antes do surgimento da situação de emergência por meio de um protocolo bem definido, e deve continuar durante todo o período de crise. Antes de começar a falar sobre o papel dos profissionais de serviço social nesse tipo de situação, é necessário especificar o significado de alguns termos que utilizaremos.

  • Emergência. A primeira palavra usada para se referir a um estado de emergência foi talvez CQD, do inglês As Quickly, Distress, ou “venha rápido, estamos em perigo”. Segundo a OMS, uma emergência significa um caso em que "a falta de assistência causaria a morte em poucos minutos".
  • Catástrofe deriva etimologicamente do grego antigo: katastrefein (derrubar, destruir). De acordo com a OMS, consiste em “qualquer fenômeno que cause dano, prejuízo econômico, perda de vidas e degradação da saúde e dos serviços de saúde a ponto de exigir uma resposta extraordinária de setores fora da comunidade ou área afetada”.
  • Disastro vem do latim des (negativo, azarado) e astre (estrela, estrela). Indicaria, portanto, um infortúnio derivado das estrelas ou dos deuses, e que está além do controle humano. Segundo a OMS, trata-se de situações imprevistas que representam uma ameaça grave e imediata à saúde pública. Assim como qualquer situação de saúde pública que coloque em risco a vida ou a saúde de uma quantidade significativa de pessoas e exija ação imediata.

Aptekar (2014), com base em dados quantitativos, diferencia os três termos da seguinte forma: incidente ou emergência aplica-se a situações em que morrem menos de mil pessoas; desastre quando o número de vítimas de perigo iminente de morte for calculado entre mil e um milhão; no fim, catástrofe quando o número de mortes ultrapassa um milhão.



O que esses termos têm em comum?

Fouce, Hernández-Coronado, Nevado, Martínez, Losada e Lillo (1998) explicam o aspecto comum de todos esses termos:

  • Requerem intervenção diante de um pedido que não permite atrasos pela iminência da situação.
  • Dependendo da magnitude do evento e das repercussões sobre o assunto, surgem reações psicológicas semelhantes, dependendo das consequências.
  • Muitas vezes são imprevisíveis e acidentais e, portanto, causam surpresa, vulnerabilidade e desestabilização.
  • Podem constituir um perigo imediato à vida ou à integridade física.

"O mundo quebra a todos e então muitos são fortes nos pontos quebrados."

-Ernest Hemingway-

O papel dos profissionais de serviço social em desastres

Em primeiro lugar, é preciso levar em conta como a intervenção do serviço social deve estar presente desde o início. Isso significa que a participação decorre da prevenção e da elaboração de protocolos, até o momento em que se faz necessária a atuação dos profissionais. Não podemos esquecer que o trabalho contínuo e em equipe trará um benefício cada vez maior para a comunidade.

Como as consequências destas situações são imprevisíveis e por vezes devastadoras, será necessária uma intervenção multidisciplinar. Qualquer problema ficará menor se você atacá-lo de diferentes frentes.

No que respeita estritamente ao papel do profissional de serviço social, este terá de adotar uma técnica de acompanhamento e apoio. No entanto, também é importante dinamizar a ação para que a própria comunidade assuma um papel de liderança e participar ativamente da reconstrução (Peñate, 2009).


Para isso, algumas das funções dos assistentes sociais serão as seguintes (Herrero, 2012):

  • Informar, aconselhar e sensibilizar as instituições.
  • Fornecer as informações necessárias e organizar a população preparando-a para o impacto de possíveis desastres.
  • Formando uma equipe de profissionais e voluntários.
  • Acolher e acompanhar as pessoas envolvidas direta e indiretamente.
  • Manter uma comunicação constante com os familiares (informações sobre os feridos e caídos, acompanhando o reconhecimento das vítimas...).
  • Administração de recursos e serviços.
  • Inventário de danos para organizar o pedido de ajuda.
  • Terapia de crise, reportagem social...
  • Sensibilização para a participação da comunidade, formação de grupos de auto-ajuda...

Objetivos do trabalho social

Segundo Herrero (2012), alguns dos objetivos vinculados à atuação dos peritos em serviço social no caso de catástrofes, emergências e desastres são:



  • Dar a conhecer as possibilidades à disposição dos grupos sociais.
  • Motivar e incentivar o acesso a essas oportunidades.
  • Apoiar as pessoas envolvidas na gestão de sentimentos e emoções.
  • Ajudar as pessoas a aprender novas formas de lidar com os problemas, concebendo a vida de forma diferente.
  • Restaurar o equilíbrio psicológico das vítimas.
  • Integrar o acidente na estrutura da vida.
  • Estabelecer ou facilitar a comunicação entre pessoas em crise.
  • Ajude o indivíduo ou a família a perceber a situação corretamente.
  • Restaurar a homeostase do indivíduo no ambiente circundante. Em outras palavras, ajudar as pessoas a se adaptarem à sua nova situação.

Por último, o papel dos assistentes sociais, mesmo que por vezes esquecido, é essencial sobretudo para ajudar as pessoas que viram a sua vida virada do avesso por catástrofes ou situações de emergência. Nesses casos, como vimos, o trabalho sincronizado de diferentes profissionais certamente se torna muito importante.


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