Os líderes psicopatas possuem três características básicas: domínio interpessoal, impulsividade e uso negativo da empatia.
Escrito e verificado pelo psicólogo GetPersonalGrowth.
Última atualização: 15 de novembro de 2021
O líder psicopata é um manipulador genuíno, por isso é importante permanecer mentalmente forte. É aquele líder que não hesita em pedir tarefas impossíveis ou até mesmo antiéticas. Gosta de dominar, é arrogante, insensível e desonesto. Mas isso não o impede, infelizmente, de fazer carreira.
O que está acontecendo? Parece que nossa sociedade está cada vez mais tolerante ao comportamento agressivo por parte dos líderes. Todos certamente pensarão no nome de um líder político ou empresarial que reúna alguns traços de psicopatia.
É claro que esse perfil sempre existiu. Em suma, é uma história antiga. Com a diferença de que hoje conhecemos muito bem sua identidade patológica, bem como seus efeitos devastadores.
Um líder psicopata não é um criminoso. Mas ele recorre a truques tão antissociais, tóxicos e desonestos que ele pode estar à altura deles. No entanto, continuamos a conviver com essas pessoas e nada indica que a realidade pode mudar. É por isso que é importante aprender a gerenciá-lo.
"O poder tende a corromper, o poder absoluto corrompe absolutamente."
-Lorde Acton-
Fique forte diante de um líder psicopata
A Dra. Karen Landay e seus colegas do Departamento de Psicologia da Universidade do Alabama realizaram um estudo interessante no início de 2018. O artigo intitulado Devemos servir ao lorde das trevas? foi publicado no Journal of Applied Psychology.
Segundo a equipe de psicólogos, nem todos os líderes possuem traços psicopáticos. Além disso, nem todos os psicopatas alcançam posições de poder ou cometem atos violentos. Esta é uma premissa importante. No entanto, isso não impede que uma porcentagem significativa de líderes empresariais siga essa "bússola moral obscura".
Começar, psicopatia não é fácil de definir. Na verdade, abrange uma série de comportamentos que são adotados de forma relevante por alguns, ignorados por outros. O que vários autores concordam, no entanto, é que três dimensões essenciais convergem na cabeça psicopata:
- Dominação interpessoal ou audácia psicológica.
- Comportamento desinibido ou impulsivo.
- Empatia negativa e instrumental. Atenção: um aspecto que nunca deve ser esquecido é que o psicopata é capaz de ler ou intuir nossas emoções. E não apenas ele não se importa, mas até tentará explorá-los a seu favor.
Essas características nos explicam por que os líderes psicopatas são bem-sucedidos, ousados nos negócios, às vezes encantadores, e alcançam altos cargos, fazendo inúmeras vítimas ao longo do caminho. Consciente disso, vamos ver que mecanismos mentais podemos usar para gerenciar um líder psicopata.
Como se defender de um líder psicopata
1. Não se intimide
O líder psicopata usa nossas emoções e fraquezas para assumir o controle. E, quando o faz, diverte-se. Na medida do possível, portanto, devemos evitar nos mostrar como ele nos quer, ou seja, vulneráveis.
Pode parecer difícil às vezes, mas é vital permanecermos enérgicos e bem protegidos por nossas barreiras pessoais. Não devemos, portanto, ser intimidados, porque ganhará mais terreno assim que o perceber. A assertividade será nossa melhor aliada.
2. Controle das emoções
Geralmente a personalidade psicopata não tem um bom controle de suas emoções. Se você puder ser habilidoso nisso, estará em vantagem.
Isso significa manter uma boa calma mental, não ser dominado pela raiva ou angústia. Assim que você perder o equilíbrio, ele começará a manipular ainda mais suas emoções.
3. Não caia nas armadilhas psicológicas de um líder psicopata
Líderes psicopatas são adeptos de contar histórias, fazendo com que os outros participem de certos aspectos de sua vida e experiências. Seduzem e transmitem proximidade. Não se confunda com isso; é um truque, uma armadilha sutil e eficaz através da qual eles ganham nossa confiança e nos dominam.
4. Seja o espelho dele, mostre a ele seus defeitos
Se possível, tente obter dois resultados. A primeira é proteger seus limites pessoais, impedindo-os de ultrapassá-los. A segunda é forçá-lo a ver suas falhas. Enquanto ele se dirige a você, tente direcionar a conversa para a pessoa dele e sua dinâmica tóxica.
Vamos dar um exemplo. Você pode dizer: “Você parecia um pouco estressado na reunião de hoje, até levantou a voz. Talvez você deva dedicar algum tempo para refletir sobre o trabalho que nos solicitou. Acho que você sabe que é excessivo e que é impossível para nós concluí-lo até hoje”.
5. Evite cara a cara, de preferência por e-mail
É óbvio que nem sempre é possível manter a cabeça à distância. Muitas vezes, de fato, somos obrigados a conviver com ela, lado a lado, todos os dias. Exaustivo, certo? O risco é o temido burnout.
Sempre que você tiver a chance, no entanto, é melhor "virar as costas" e comunicar por e-mail e mensagens. Vários estudos, de fato, confirmam sua eficácia, pois segue uma comunicação menos agressiva e melhor desempenho profissional.
Em conclusão, nada sugere que essas situações possam desaparecer. Executivos, líderes empresariais e políticos com traços psicopáticos continuarão a surgir de tempos em tempos. Fugir deles seria a melhor resposta, mas, como todos sabemos, nem sempre é possível.
Devemos, portanto, aprender a conviver com isso, por exemplo agir em vez de simplesmente reagir. Basicamente, precisamos tentar fazer um kit de sobrevivência para proteger nossa saúde emocional.